bahianoar_banner-728x90px-radio-bahianoar
  • Home
  • |
  • Cidades
  • Camaçari
  • |
  • Prefeito de Camaçari participa de audiência pública que trata dos impactos do fim do REIQ

Prefeito de Camaçari participa de audiência pública que trata dos impactos do fim do REIQ

(Foto: Divulgação/ PMC)
(Foto: Divulgação/ PMC)

Para tratar sobre o impacto do fim do Regime Especial da Indústria Química (REIQ), que ameaça a existência do Polo Petroquímico de Camaçari, com possível perda de recursos e empregos no município, o prefeito Elinaldo Araújo participou por meio de videoconferência, nesta quinta-feira (29/4), de uma audiência pública promovida pela Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA).

Na ocasião, foi analisada a Medida Provisória (MP) nº 1.034, anunciada em março, que revoga esse regime especial e pode levar ao fechamento de plantas e de postos de trabalho no estado baiano, por conta da perda de competitividade.

De acordo com a Alba, Trata-se de uma medida de elevado impacto, que a Federação das Indústrias da Bahia (Fieb) estima ser capaz de fazer recuar em R$7,5 bilhões na produção anual. A mudança implicará num aumento de impostos, portanto, de custos, da ordem de R$2,5 bilhões.

O deputado estadual Adolfo Menezes, presidente do Poder Legislativo, fez a abertura dos trabalhos e deu boas-vindas aos participantes. Na oportunidade e com a palavra, o senador Jaques Wagner e o deputado estadual Osni Cardoso, que mediou o encontro, iniciaram suas falas cumprimentando o prefeito Elinaldo e fazendo uma breve explanação sobre a discursão da pauta. Em seguida, o engenheiro e presidente-executivo da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), Ciro Marino, fez uma apresentação, abordando a importância da indústria química para a Bahia.

De acordo com a Abiquim, o setor químico brasileiro opera com um baixo nível de utilização da capacidade instalada, que foi de 72% em 2020. Os produtos importados representam 46% do mercado nacional e a situação deve ser agravada, já que a extinção do REIQ afetará a competitividade da indústria nacional em relação a fabricantes estrangeiros e pode provocar o aumento de preços.

Para o gestor municipal, com o fórum bastante ampliado e uma bancada forte foi possível explorar o assunto e esclarecer questões que possibilitem a defesa do problema e a reversão da medida. “Esse processo não é apenas de Camaçari, mas de toda a Bahia e é o momento de todos se unirem de forma suprapartidária para evitar a aprovação dessa MP pelo Congresso Nacional, uma vez que essa medida é muito ruim para a indústria baiana, que já foi fortemente impactada com o encerramento das atividades da Ford”, disse Elinaldo.

Em oportunidade, o prefeito citou que segue colaborando e que recentemente teve um encontro com a equipe da Brasken, com o procurador-geral Bruno Nova, e os secretários da Administração e da Fazenda, Helder Almeida e Joaquim Bahia, respectivamente, para dialogar sobre a mesma pauta.  Outro encontro, com a igual finalidade, foi com o ministro da Cidadania, João Roma, e representantes do Comitê de Fomento Industrial de Camaçari (Cofic).

O presidente da Fieb, Ricardo Alban, projetou os possíveis impactos da medida na indústria. “Em um cenário mais agudo, com a redução de 20% da capacidade, estima-se a perda de 33 mil empregos e de R$ 325,2 milhões na arrecadação de impostos. Já em um cenário de redução de 5% na atividade, estima-se a perda de mais de 8 mil empregos e de R$ 81,3 milhões em arrecadação”, disse.

Ao fim do encontro, alguns encaminhamentos ficaram definidos, a exemplo da construção de relatórios e novas audiências públicas, com a proposta de estender a pauta para outros estados.

Ainda participaram e contribuíram com a reunião, integrantes da bancada federal da Bahia na Câmara e no Senado, representantes da Fieb, do Polo Petroquímico, da Confederação Nacional dos Químicos (CNQ), da Brasken, e do Cofic, além membros do movimento sindical. O encontro ainda contou com as presenças de políticos, representantes empresariais e trabalhadores do setor.

0 0 votos
Article Rating

Tags:

LEIA +
0
Qual sua opinião sobre o assunto? por favor, comente.x