Nesta sexta-feira, 17, a prefeitura de Belo Horizonte, em Minas Gerais, confirmou que o irmão da presidente Dilma Rousseff (PT), Igor Rousseff trabalhou na administração municipal, porém não divulgou nada em relação a assiduidade dele enquanto exercia os cargos.
Igor foi citado pelo presidenciável Aécio Neves (PSDB) durante o debate promovido pelo SBT/UOL/Jovem Pan, na última quinta-feira, 16. Segundo Aécio, o irmão de Dilma teria sido contratado pelo correligionário da presidente e governador eleito de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), na sua gestão na prefeitura, onde teria recebido salário sem trabalhar, dando a entender que ele seria um “funcionário-fantasma”, como é mencionado pelo site do tucano.
Conforme dados da prefeitura em contato com a Agência Estado, Igor foi nomeado para cargo em comissão de assessor especial do gabinete do então prefeito Pimentel, no dia 20 de setembro de 2003. No dia 30 de dezembro de 2004, o Diário Oficial do Município publicou sua dispensa do cargo a partir de 1º de janeiro de 2005. Exerceu essa atividade, portanto, por um ano e três meses.
Ainda segundo a prefeitura, em 1º de março de 2005, o irmão de Dilma assumiu o cargo de assessor especial da Secretaria Municipal de Planejamento, Orçamento e Informação. A publicação foi feita no Diário Oficial do Município no dia 10 de março. E no dia 31 de dezembro de 2008, o Diário Oficial do Município publicou sua exoneração a partir do dia 1º de janeiro de 2009. Nessa atividade, Igor exerceu o posto por três anos e 10 meses. Questionado sobre a assiduidade de Igor enquanto esteve na prefeitura, a prefeitura informou que não iria se pronunciar sobre a questão.
Após a citação de Igor no debate, a campanha de Aécio colocou no ar em suas páginas na rede social cópias do Diário Oficial do Município que citavam a nomeação de Igor para os dois cargos. Por sua vez, nas páginas de Dilma Rousseff nas redes sociais foi publicado o link para uma reportagem do jornal O Globo, de 15 de janeiro de 2011, com um perfil de Igor. O texto mostra que o irmão da presidente trabalhou em hotelaria, no escritório do deputado federal Gabriel Guimarães (PT-MG), fazendo serviços de assessoria jurídica para pequenas empresas e na prefeitura de Belo Horizonte, na gestão de Pimentel. “No final do governo, foi exonerado juntamente com outras 160 pessoas”, diz a reportagem. Há ainda uma declaração do atual prefeito da capital, Marcio Lacerda (PSB), aliado de Aécio, de que alguns que foram exonerados foram recontratados e que Igor “nunca pediu para voltar”.
Já Pimentel enviou esclarecimento por nota e por um vídeo também postado nas redes sociais. “Igor Rousseff foi assessor especial do prefeito de Belo Horizonte em minha gestão. Eram seis cargos dessa natureza. Um deles foi ocupado por Igor, que é advogado e trabalhou com regularidade e eficiência no gabinete do prefeito e na Procuradoria do município”, disse o governador eleito nos materiais disponíveis.
Por Maíra Lima com informações do Diário do Poder