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O presidente nacional do DEM senador José Agripino Maia (RN) foi acusado de cobrar mais de R$ 1 milhão para permitir um esquema de corrupção no serviço de inspeção veicular investigado pela Operação Sinal Fechado do Ministério Público Estadual (MPE), em 2011, que denunciou 27 pessoas e já prendeu 12. A acusação foi feita pelo empresário potiguar George Olimpio. De acordo com o depoimento de delação, Agripino teria pedido, por chantagem, uma quantia de R$ 1,15 milhão em troca manter a inspeção.

Os documentos que envolvem Agripino foram encaminhados à Procuradoria Geral da República, considerando que ele tem direito ao foro privilegiado, e o procurador-geral Rodrigo Janot, pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) abertura de inquérito para investigar o senador.

A delação premiada foi divulgada no último domingo (22) pelo programa Fantástico, da TV Globo. No esquema, além de Agripino, as denúncias apontam para a participação da ex-governadora do Rio Grande do Norte Vilma de Faria (PSB) e o seu filho Lauro Maia, e o presidente da Assembleia Legislativa, Ezequiel Ferreira (PMDB).

Em nota divulgada nesta segunda-feira (23), Agripino afirmou desconhecer "o teor da suposta acusação". O senador também destacou que o ex-procurador-geral da República Roberto Gurgel arquivou, em 2012, pedido de investigação contra ele encaminhado pelo MPF do Rio Grande do Norte. "Estaria eu sendo objeto de denúncia de igual teor à que a Procuradoria Geral da República já teria apurado e arquivado? Por que razão estes fatos, que não são novos, estariam sendo retomados neste momento?", questionou.