O promotor de Justiça Everardo Yunes, e sua esposa, a advogada Fernanda Manhente, teriam movimentado cerca de R$ 11 milhões, é o que diz o Relatório de Inteligência Financeira. Os dois são acusados de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

O promotor de Justiça foi afastado das funções no Ministério Público da Bahia (MP-BA), pelo período de um ano, por determinação do desembargador Mario Hirs, da Seção Criminal do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA).

Segundo as investigações, os valores foram movimentados entre 05/12/2018 e 27/11/2019, o que seria algo “completamente descompassante” com a realidade financeira e ganhos de Everardo enquanto promotor de Justiça.

As investigações ainda mostraram que entre janeiro de 2015 e fevereiro de 2020, também foram registradas movimentações financeiras de R$ 448,8 mil em 55 transações creditadas, em depósitos em espécie, totalizando 50,46% (R$ 111.899,00), “a pontilhar a possibilidade de serem oriundos do esquema de extorsão de empresários, além de corrupção e lavagem de dinheiro”. Os valores foram creditados por empresas do ramo imobiliário da região de Camaçari, nos períodos em que Termos de Ajustamento de Conduta (TACs) foram efetuados com as empresas.

O promotor é acusado de tentar extorquir a empresária Adriana Cunha, ao propor uma denúncia pela prática de delitos contra a administração pública e associação criminosa, enquanto era responsável pela 6ª Promotoria de Camaçari.

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