“Que haja uma corrida armamentista”. Foi dessa forma que o presidente eleito dos EUA, Donald Trump, respondeu ao ser questionado sobre seu misterioso, mas ameaçador tuíte sobre armamentos nucleares. Na quinta-feira, o futuro homem mais poderoso no mundo usou sua conta na rede social para pedir que as forças armadas do país expandam sua capacidade nuclear.

— Que haja uma corrida armamentista — disse Trump, em entrevista à emissora MSNBC nesta sexta-feira. — Iremos ser superiores em cada passagem e superar a todos.

A declaração alarmou especialistas que atuam em políticas de não proliferação de armas nucleares, apoiadas pelo atual governo democrata, de Barack Obama. Já o mercado respondeu valorizando ações de produtores de urânio, principal combustível usado pela indústria nuclear. As companhias Uranium Resources Inc, Uranium Energy Corp, Cameco Corp e Lightbridge Corp estão em alta no pregão desta sexta.

Não está claro o que motivou a declaração de Trump, mas ela foi dada no mesmo dia em que o presidente russo, Vladimir Putin, ordenou que as forças armadas do país reforcem seus arsenais nucleares, com mísseis capazes de superar os mais modernos sistemas de defesa antimísseis.

Tentando minimizar a declaração de Trump, seu porta-voz Sean Spicer concedeu entrevista a várias emissoras para dizer que não haveria uma corrida armamentista porque o presidente eleito faria com que outros países, como Rússia e China, desistissem de ampliar seus arsenais nucleares.

— Ele vai garantir que outros países recebam a mensagem de que ele não irá permitir isso — disse Spicer, que foi nomeado esta semana como porta-voz da Casa Branca quando Trump assumir a presidência, no próximo dia 20. — O que vai acontecer é que eles vão retomar o juízo e tudo ficará bem.

 

Com informações O Globo

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