Os moradores da comunidade quilombola Rio dos Macacos, território localizado em Simões Filho, na região metropolitana de Salvador rejeitaram a proposta da Marinha do Brasil que consiste em transferir as famílias para um território distante cerca de 500 metros da área atual.

No novo local, cerca de sessenta casas seriam construídas, sob supervisão da população remanescente de escravos, e uma entrada autônoma – hoje a portaria é a mesma usada pelos oficiais órgão militar.

De acordo com o presidente da Câmara Municipal de Simões Filho, Joel Cerqueira as unidades teriam 200 m² de área e 55 m² de área construída, além de territórios para plantio e preservação ambiental. “A comunidade rejeitou a proposta da Marinha. Os hectares de plantio diminuíram de 301 para 13”, conta.

Entenda

A área do Quilombo Rio dos Macacos está no centro de uma disputa judicial e territorial envolvendo a Marinha do Brasil e os moradores. O conflito teve início na década de 50 do século passado, com a doação das terras pela prefeitura de Salvador para instalação da base militar.