A dor de cabeça é um mal que não distingue idade, sexo ou raça.

Todos, alguma vez na vida, sentirão tal desconforto.

Segundo a neurologista Celia Roesler, membro da Sociedade Internacional de Neurologia, existem quase 300 tipos diferentes de dor de cabeça, classificados de acordo com a gravidade e recorrência.

Uma pesquisa recente divulgada pela OMS (Organização Mundial da Saúde) afirmou que a dor de cabeça é um dos problemas de saúde mais comuns no mundo.

De acordo com o estudo, estima-se que até 75% dos adultos de 18 a 65 anos sofreram com dores de cabeça no ano passado.

Outros dados, divulgados pela Academia Brasileira de Neurologia, afirmam que, dos 190 milhões de brasileiros, 93% já tiveram dor de cabeça em alguma época da vida e 31% precisariam de tratamento médico em razão dos problemas que a dor pode causar – desde a incapacidade de trabalhar e estudar até a piora da qualidade de vida.

A enxaqueca e a cefaleia tensional são os tipos de dor de cabeça mais comuns entre os brasileiros, explica o neurologista Marcelo Ciciarelli, presidente da Sociedade Brasileira de Cefaleia.

Quando frequente, qualquer tipo de dor na região craniana deve ser tratado, afirma Ciciarelli.

– Pessoas com cefaleia frequente tem que procurar um tratamento adequado para evitar abuso de analgésico, que só vai ajudar a aumentar a frequência da dor e diminuir o efeito dos analgésicos produzidos pelo próprio corpo para combatê-la.

Além do tratamento, vale saber quais fatores desencadeiam as dores para evitá-las, sugere o neurologista Carlos Bondini, diretor científico da Sociedade Brasileira de Cefaleia.

Aquela dor que aparece depois de fazer exercícios físicos ou de uma relação sexual pode ser perigosa.

– A dor de cabeça que aparece depois de uma tosse forte, do esforço físico ou da atividade sexual é sempre encarada como situação de alerta e preocupa os médicos.

Na próxima quinta-feira (19), Dia Nacional da Cefaleia, eventos espalhados pelo país vão levar informações sobre o problema.

Fonte: R7