Secretária de Educação de Camaçari afirma que desde que iniciou o ano letivo já foram contabilizados 17 dias de paralisação

“Vale ressaltar que o que está aqui, em jogo, não é dizer da irresponsabilidade de professores ou mesmo que o pleito da categoria seja ilegítimo”, informa a Secretária Municipal de Educação, Neurilene Martins sobre a onda de paralisação na educação que vem assustando a população de Camaçari.

A afirmação foi durante entrevista ao Programa Bahia no Ar, desta quarta-feira (07). Na ocasião, a Secretária disse que é a favor da educação pública de qualidade e também entende que a questão da valorização dos profissionais é uma questão de primeira linha.

“A questão que se coloca é a seguinte, quem paga essa conta! Como estão os cofres públicos nesse momento! É preciso informar a nossa população que hoje 77% do orçamento da educação destina-se a folha de pessoal”. Explica Neurilene destacando que o orçamento da educação para 2017 foi reduzido em R$ 20 milhões quando comparados ao de 2016.

Ainda de acordo com a Secretária a pasta hoje trabalha com um orçamento que foi majorado, o que significa que cerca de R$ 167 milhões é o valor anual destinado a esses salários. Segundo ela, a pasta tem em torno de 50 milhões para fazer educação, no município.

“vale informar que desde que assumimos a Secretaria, em Janeiro, estamos tendo diálogos permanentes com o sindicato que representa a categoria”, pontua a Secretária que informou ainda que foram cerca de 10 encontros, entre eles, pedagógicos e para discutir a pauta financeira.

A categoria reivindica reajuste da folha, promoção de servidor, mudança de nível, além da organização do tempo/hora de trabalho.

Uma nova Paralisação da categoria está marcada para está quinta-feira (08). A ação foi prevista em assembleia realizada no ultimo dia 2 de junho.

“Já nos organizamos em termo de orçamentos, e nos valores atuais, nossos salários estão garantidos até o final do ano”, promete a secretária dizendo ainda. “Abrimos as contas e convidamos o sindicato a fazer parte de um GT para que junto conosco, pudesse estudar a viabilidade de qualquer atualização de salário”, conclui.

A Secretaria de Educação do Município solicitou a Câmara de Vereadores o pleito de uma Sessão Especial para que a educação possa prestar contas. “Iniciamos nosso governo fazendo visitas as nossa escolas para ouvir nossos educadores e ouvir a comunidade e vamos encerrar esse semestre indo para a casa do povo que é o legislativo para prestar contas de todas as ações que foram realizadas pela Secretaria de Educação.”, finaliza a Secretária ressaltando que quatro ações estratégicas foram desenvolvidas nesses quatros meses, e na primeira que foi para habilitar Camaçari para receber verbas dentro do Plano de Ação Articulado (PAR), iniciativa do Governo Federal, foi identificado que o município nos últimos cinco anos não recebeu R$ 1,00 real do PAR.

Nesse período, foi identificado também, pela pasta, 17 creches com obras paralisadas que foram pleiteadas, porém os termos de adesão não foram entregues.