O sequestro do presidente do Partido Verde (PV) na Bahia, Ivanilson Gomes, ganha um novo capítulo: à polícia, o secretário de Juventude da legenda no Estado confessou que auxiliou o grupo criminoso a invadir a sede do diretório, localizado no Rio Vermelho, em Salvador, onde o político foi levado como refém.
O caso, que aconteceu na tarde da última sexta-feira (14), ainda não foi concluído, pois Ivanilson é mantido em cativeiro até o momento da publicação desta matéria, quase 24h após o fato. E neste crime, o secretário Gabriel Luis afirma ter sido ‘pressionado’ por uma facção criminosa que domina o Nordeste de Amaralina para facilitar o acesso no imóvel.
Segundo ele, que foi preso logo ao declaração participação, criminosos souberam que havia R$500 mil dentro do diretório e por isso planejaram a invasão. Como não encontraram a quantia, roubaram os itens de seis pessoas que estavam no local e sequestrou o presidente do PV.
A esposa de Ivanilson, Vânia Almeida, disse que a quadrilha entrou em contato e cobrou um valor elevado para a soltura. Militares, em conjunto com a Polícia Civil, trabalham para reverter a situação.
O secretário Gabriel Luis já estava sendo monitorado como um dos suspeitos após imagens de câmeras de segurança instaladas na região mostrarem ele estacionando a moto em um local diferente do habitual, como forma de facilitar a fuga da facção, que chegou de carro.
Posicionamento do partido
Em nota, a gestão nacional do PV se pronunciou neste sábado (15), através de uma nota pública lamentando o ocorrido e prestando apoio aos familiares, amigos e correligionários de Ivanilson Gomes.
O comunicado, assinado pelo presidente da legenda, José Luiz Penna, ainda ressalta como alerta o descontrole nos índices de segurança, causando preocupações a todos:
“O PV reafirma o repúdio à escalada da violência no Brasil, que diariamente ameaça a segurança da população. O combate à criminalidade deve ser uma prioridade, e exigimos que as instituições competentes ajam com rigor para que este e tantos outros crimes não fiquem impunes”, diz trecho.