Pesquisadora na Escola de Economia de São Paulo, da Fundação Getulio Vargas, a economista Laura Karpuska acha improvável não haver uma deterioração ainda maior na economia neste ano. A falta de foco do governo para lidar com a pandemia e avançar em uma agenda econômica travam a atividade no País.
Segundo Laura, que é doutora pela Universidade de Stony Brook. “Para pensarmos em retomada, tem de haver confiança no ambiente político, mas, nesse ambiente, faltam prioridades e um plano de ação. Isso tem impacto na economia”, diz ela.
“A pandemia deixou claro que, quando a gente sofre um choque dessa magnitude, o papel do governo é fundamental. O mercado vem revisando para baixo suas expectativas de PIB e acho que isso é coerente com o fato de que vemos um governo com dificuldade de organizar prioridades, não só orçamentárias, mas de forma ampla, de estabelecer um plano de ação”, explica a pesquisadora.
Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua Mensal (PNAD Contínua), divulgou dados preocupantes. Cerca de 14 milhões de pessoas estão desempregadas no Brasil, ou seja, a taxa é de 14,6%, quando se fala nos últimos três meses.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), essa é a maior alta de desemprego na história da pesquisa, iniciada em 2012.
*Com informações do Estadão