Servidores técnicos administrativos da Universidade Estadual da Bahia (Uneb) e da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs) suspenderam as atividades por cinco dias, a partir desta segunda-feira (24).

Com a paralisação, em Feira de Santana, distante cerca de 100 km de Salvador, muita gente não conseguiu assistir aula, nem seguir com as atividades planejadas. Entre as reivindicações dos servidores, está o reajuste salarial.

Segundo o sindicato, a solicitação é para um reajuste linear, liberação do processo de promoção e pagamento da progressão. Como também, a liberação do auxílio alimentação, que está congelado há mais de 10 anos.

Em nota, a reitoria da Uefs informou que discute e tenta viabilizar a pauta interna dos servidores dentro dos trâmites legais, administrativos e orçamentários. A instituição disse também que o fechamento da creche ocorreu por insuficiência de pessoal para o atendimento das atividades, mas um processo seletivo está marcado para o próximo dia cinco de agosto e o serviço deve ser retomado em breve.

Já na Uneb, o coordenador do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Terceiro Grau do Estado da Bahia (Sintest-BA) Firmino Júlio diz que são 1.500 técnicos administrativos de braços cruzados nesta semana. Com a paralisação, processos e pagamentos estão inviabilizados na universidade. A Uneb está em período de recesso acadêmico.

“Estamos há três anos sem reajuste. Nossas progressões vão ser implantadas sem retroatividade, com base em maio, mas deveria ser com base em julho. Nossas promoções desde o ano passado não foram publicadas. Progressões e promoções deste ano também estão em falta a instrução normativa. Temos defasagem grande nos salários dos técnicos, que está abaixo do salário mínimo”, reclama o coordenador do Sintest-BA.

Por meio do nota, a Secretaria de Educação da Bahia, informou que o governo já concedeu progressões para 722 analistas e técnicos universitários, como anunciado pela Secretaria da Administração no dia 14 deste mês. As promoções estão sendo processadas pelo Governo e vão ser autorizadas em breve. Contudo, a pasta não divulgou datas. A secretaria informou ainda que 861 professores das quatro universidades estaduais foram contemplados com promoções e progressões.

A Secretaria de Educação informou ainda que as promoções e progressões estavam suspensas em função da proibição da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) e assim que o Estado saiu do Limite Prudencial da LRF, no primeiro quadrimestre deste ano, o Governo do Estado autorizou promoções e progressões que estavam estagnadas desde 2016.

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