Reeleita no último dia 26, a presidente Dilma Rousseff (PT) ainda não declarou nada sobre os nomes que devem ocupar o primeiro escalão no próximo mandato.
O silêncio da petista sobre o assunto deixou muitos membros da agremiação preocupados. O PT está às escuras, sem saber quem sai e quem fica. Três semanas depois das eleições e o partido não sabe qual será o tamanho da sua participação no governo, por isso o comando da legenda tem cobrado definições da presidente, que só deve começar a se movimentar nesse sentido a partir da segunda quinzena deste mês.
Nos bastidores da política o que se comenta é a maior preocupação de Dilma é sobre quem vai assumir o Ministério da Fazenda. A pasta vai dar ao mercado a indicação de qual postura o governo deve assumir nos próximos anos. O ex-presidente executivo do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco, negou o convite e o nome de Henrique Meirelles, ex-presidente do Banco Central, voltou como possibilidade forte. O que alegraria os investidores.
Dilma ainda não se posicionou porque avalia internamente qual será o tamanho da sua base e calcula que os próximos passos serão definitivos para conseguir fazer uma gestão mais tranquila do que a atual. Além disso, as decisões de agora vão interferir num futuro próximo, já que pelo discurso do senador Aécio Neves (PSDB), derrotado nas urnas, a oposição no Congresso deve ser mais acirrada do que nos últimos 12 anos de governo do PT.