O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, acatou o pedido da defesa do ex-ministro José Dirceu e anulou, na última segunda-feira (28), todos os processos nos quais o petista foi condenado pelo ex-juiz federal e atual senador Sergio Moro (União-PR), durante a Operação Lava-Jato.
Sendo assim, todas as condenações contra o também ex-deputado foram anuladas pela Corte. Sendo assim, ele poderá voltar a concorrer já nas próximas eleições, que ocorrem em 2026.
Em 2016, Moro, então responsável pela 13ª Vara Federal em Curitiba, condenou Dirceu a 23 anos e 3 meses de prisão pelos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e pertinência à organização criminosa. A condenação tinha sido solicitada pelo Ministério Público Federal (MPF).
A defesa de Dirceu utilizou a decisão da Segunda Turma do STF em 2021, na época presidida por Gilmar Mendes, alegando que Moro foi parcial ao julgar, em 2017, o presidente Lula no caso envolvendo a acusação de que teria ocultado a propriedade de um apartamento triplex no Guarujá, no litoral paulista. Um mês depois, a maioria do STF confirmou que quatro processos criminais contra Lula teriam que ser refeitos.
Vale lembrar que antes disso José Dirceu foi o centro do escândalo do Mensalão, ocorrido enquanto chefiava a Casa Civil do primeiro mandato de Lula, em 2005. Na época deputado federal licenciado, foi cassado por conta das acusações e se afastou da vida pública.
