Trabalhadores terceirizados, contratados pela Fundação Estatal Saúde da Família (Fesf-SUS), que prestam serviço à Secretaria de Saúde do Estado (Sesab), prometem parar as atividades caso continuem sem receber os salários referentes ao mês de abril.

A entidades filantrópica tem contrato com a pasta da Saúde e, desde janeiro deste ano os pagamentos dos funcionários passaram a ser pagos só depois do dia 15 do mês seguinte ao trabalhado.

A Fesf-SUS informou que os atrasos nos pagamentos dos salários são por conta dos atrasos nos repasses por parte da Sesab.

A organização informou que só nesta sexta-feira (15) os repasses referentes aos serviços prestados no mês anterior foram transferidos para a conta da Fundação. A entidade informou que tenta regularizar ainda hoje os pagamentos dos funcionários, entre eles médicos, nutricionistas, fonoaudiólogos, enfermeiros e técnicos de enfermagem.

Com o impasse, os atendimentos como o Programa de Assistência Domiciliar, que atua em Salvador, Camaçari, Feira de Santana, Guanambi, Ilhéus, Jequié, Lauro de Freitas, Vitória Conquista, que contam com 200 profissionais da área correm risco de parar na Bahia.

Ao todo, 700 pacientes de média e alta complexidade devem ficar sem atendimento. “Podemos paralisar as atividades, não por falta de compromisso, mas chega a um ponto desesperador. Estamos entre a cruz e a espada. Por um lado, pacientes com as mais diversas enfermidades e, por outro lado, não temos mais dinheiro para trabalhar”, lamentou um dos funcionários, contatado pela reportagem, que preferiu não divulgar seu nome, por medo de represálias.

A Sesab ainda não se pronunciou sobre o ocorrido.