Os rodoviários e a gestão de Salvador não chegaram a um acordo em comum. A categoria de reuniu na tarde desta quinta-feira (9), com o prefeito Bruno Reis (União Brasil). Com isso, fica mantido o estado de greve decretado pela categoria ontem (8). A interrupção das atividades da categoria está prevista para a próxima terça-feira (14).
No momento, os rodoviários estão em estado de greve. A categoria publicou um decreto e nele os trabalhadores dizem que após o início da paralisação não há previsão para término. A previsão dos rodoviários é de que um acordo seja estabelecido até a data prevista -13/11-, quando a circulação dos coletivos será suspensa em toda capital baiana.
… Comunicado aos proprietários das empresas e usuários de transportes coletivos urbanos, que, diante da intransigência patronal, a Assembleia Geral Extraordinária da categoria profissional realizada no dia 06 de novembro de 2023, convocada em edital publicada no jornal no dia 31 de outubro de 2023 decidiu pela deflagração de greve geral por tempo indeterminado no setor de transportes de passageiros a partir da 00:01 hora do dia 14 de novembro de 2023 (terça-feira)”, diz o informe.
Em entrevista à TV Bahia, o secretário de Mobilidade de Salvador, Fabrízzio Müller, disse que busca uma acordo e que o objetivo da gestão é encontrar uma solução para evitar a greve.
“A prefeitura, através da Semob, já vem tendo reuniões com o Sindicato, com a Integra, buscando mediar essa situação. […] A gente entende que uma paralisação traz um prejuízo enorme para população e a gente está tentando evitar isso ao máximo. O prefeito chamou uma reunião com os rodoviários, com o conselho, com diretoria do Sindicato dos Rodoviários, para pessoalmente buscar o entendimento para evitar qualquer tipo de paralisação”, explicou.
Fabrízzio Müller afirmou ainda que a Semob tem buscado entender os pontos de divergência entre ambas as partes e que, apesar da tentativa de acordo, já prepara um plano de contingência para o transporte público na capital baiana em caso de confirmação da greve.
“Estamos indo até o último momento. Mas, de fato, temos plano de contingência, são procedimentos já adotados outras vezes, que são remanejamento de frotas. Não há uma paralisação total, há uma paralisação parcial. Então se remaneja linhas de garagens que estejam abertas para atender regiões que estejam impactadas com alguma paralisação. Há também remanejamento do sistema complementar, que tem ajudado muito nesses casos. Mas a gente ainda trabalha com toda certeza de que não haverá um movimento paradista que traga transtorno para população”, finalizou.
Entenda as pautas de reivindicação dos rodoviários
Após alguns protestos, os rodoviários se reuniram em assembleia nesta segunda-feira (6), e aprovaram o estado de greve.
A categoria reivindica melhores condições de trabalho, segurança e melhores escalas de serviço. A não realização do depósito do FGTS também está entre as queixas dos rodoviários, que afirmam que a quantia não vem sendo paga há alguns meses.