A Comissão Atlética de Nevada anunciou nesta terça-feira (18) um gancho de 18 meses ao peso-pesado brasileiro Carlos Felipe “Boi”. Segundo o órgão que regula os eventos do UFC no estado americano, o lutador de Feira de Santana falhou em exame antidoping em 16 de outubro de 2021, por ocasião de sua luta com Andrei Arlovski, em que perdeu por decisão. O resultado acusou o agente anabolizante Boldenone e seus metabólitos. A notícia foi revelada primeiro pelo site “MMA Fighting”.


Além da suspensão – que terminará em 16 de abril de 2023, já que o gancho é retroativo à data do exame -, o lutador de 27 anos terá que pagar multa de 15% do valor de sua bolsa nesta luta contra Arlovski, o que corresponde a US$ 4.200, além de US$ 489 em taxas. Na conversão atual, o valor chega a cerca de R$ 26 mil.

Carlos Boi já havia sido suspenso pela Agência Antidoping dos Estados Unidos (USADA) por uso de esteroides em outubro de 2017, logo depois de um mês que havia assinado com o UFC. À época, levou dois anos de suspensão. Ele só faria a estreia no UFC em julho de 2020.

Em comunicado enviado ao Combate, o empresário do lutador, Thiago Okamura, explicou o motivo de não contestar o resultado e aceitar um acordo de sanção, ainda que Carlos Boi negue a ingestão deliberada e consciente de qualquer substância proibida. Segundo ele, o custo de toda a defesa chegaria a cerca de US$ 10 mil, ou cerca de 55 mil, sem garantia de sucesso.

– Tínhamos cerca de 13 suplementos não certificados e cinco medicamentos que ele havia tomado ou usado naquele período de um mês, e apenas o teste custaria cerca de US$ 300 a US$ 500 cada. Além do suplemento aberto que ele havia tomado, teríamos que encontrar outras amostras desses suplementos/medicamentos do mesmo lote como contraprova se encontrássemos um que estivesse contaminado. Após os resultados dos testes, teríamos que contratar um advogado para fazer essa defesa, e isso foi estimado em até US$ 10 mil.

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