O vereador Edson Dias Souza (PT), da cidade de Itamaraju (BA), divulgou um vídeo em que afirma ter sido sequestrado, agredido, ameaçado de morte e mantido em cárcere privado após uma reunião com o prefeito do município, prefeito Marcelo Angênica (PSDB). Segundo ele, também participaram do encontro o secretário de Administração, Edson Oss, o vereador Rogério Novais (PSDB) e dois empresários do setor de transporte público, que portavam arma de fogo.

O Bahia no Ar tenta contato com Angênica.

Também conhecido como Som de Nova Alegria, Dias contou foi coagido pelo grupo a votar a favor de um projeto que autorizaria o Executivo a contrair um empréstimo de R$ 50 milhões à Caixa Econômica Federal e também a votar em Rogério para presidente da Câmara Municipal.

Ao se posicionar contra a proposta, ele argumentou que, caso a gestão de Angênica contrate o aporte milionário, ficará endividada por mais de 10 anos, impactando as contas do município a ponto de prejudicar o reajuste e até o salário dos servidores municipais. “Não vou votar naquilo que não seja do meu consentimento, da minha vontade. Jamais faria isso, para ninguém”, afirmou Dias na gravação.

Diante da negativa, o vereador conta que passou a ser agredido e ameaçado com uma arma de fogo empunhada por uma das pessoas presentes na reunião. “Começou a se ‘alterar’, veio e me deu um soco. Levantei e o colega dele puxou a arma para tentar intimidar. Aí o secretário chegou e apaziguou”, narrou.

O vereador registrou boletim de ocorrência na delegacia da cidade.

Executiva do PT diz repudiar caso: “Escalada da violência política”

Em nota, a executiva estadual do PT disse em nota que repudia o episódio e vê com preocupação com a escalada da violência política durante o atual processo eleitoral.

Os sequestradores tinham por objetivo intimidar o vereador para que ele votasse na Câmara Municipal projetos de interesse do executivo local.”, assinala o texto do partido.

“Queremos nos solidarizar com nosso companheiro Som, que tem uma atuação política que orgulha o Partido dos Trabalhadores da Bahia e ao mesmo tempo pedir às autoridades a máxima urgência na apuração dos fatos. Não podemos nos calar diante da onda de violência política que vem ameaçando a democracia brasileira”, acrescentou o diretório baiano.

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