A Câmara de Vereadores de Dias D’Ávila aprovou no último dia 5, um projeto de lei enviado pela prefeitura que reajusta em R$0,46 os salários dos professores da rede municipal de educação. Mesmo com protestos da categoria, o ato passou com tranquilidade na Casa Legislativa e foi sancionada pelo prefeito Alberto Castro (PSDB).

Os professores agora realizam reuniões e assembleias com a finalidade de discutir sobre o que fazer após a decisão da gestão pública. O executivo de Dias D’Ávila também participa do movimento, tentando intermediar a possível crise que pode acarretar em uma greve.

“Aprovaram sem dialogar com a nossa representação sindical. Foi um quebra pau na sexta-feira lá na Câmara de Vereadores, são muitas arbitrariedades nesse município”, disse um profissional da educação, que não quis se identificar, ao portal G1.

Em resposta, a prefeitura explica que, na verdade, não se trata de um reajuste, mas sim de uma adequação ao piso nacional da classe. Em relação ao projeto que foi enviado à Câmara sem a possibilidade de discussão com os professores, a gestão alega que o ato foi feito como medida de urgência para agilizar, para que não fosse impedido pelas medidas de ano eleitoral.

Os reajustes, segundo a prefeitura, ficaram assim:

  • Professores especial (sem formação) – reajuste de R$ 1.396,33;
  • Professores de Nível 1, a partir da Letra B (graduados) – reajuste de R$ 137 a R$ 1.396,63;
  • Professores de Nível 2 (especialistas) – reajuste de R$ 45,81 a R$ 311,55;
  • Professores de Nível 3 (mestres e doutores) – reajuste de R$ 105,76 a R$ 138,00.

O aumento de centavos aconteceu para o profissionais de Nível 1 (letra A).

O Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado (APLB) disse em nota que quer entender os critérios utilizados para esta atualização na tabela de valores em Dias D’Ávila. A associação afirma ainda que esta não é a primeira vez que a gestão da cidade, localizada na Região Metropolitana de Salvador (RMS), comete ações deste tipo.

“O governo tem realizado alterações recorrentes e arbitrárias na tabela salarial dos profissionais do magistério, muitas vezes desrespeitando a legislação vigente. Em uma alteração anterior, por exemplo, o nível inicial da carreira foi extinto e houve estagnação”.

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