O jejum de gols incomoda. Já são quatro rodadas sem balançar as redes adversárias no Brasileirão. Como consequência, o Bahia caiu da 5ª para a 10ª colocação na tabela.

Após o empate em 0x0 contra o Santos, domingo, na Fonte Nova, o centroavante Fernandão, artilheiro do time na Série A com cinco gols, não escondeu a insatisfação pelo momento. “Está faltando a bola chegar mais redonda, mais caprichada”, reclamou o camisa 20.

O técnico Cristóvão Borges, por sua vez, discordou das palavras do goleador. “Não acho isso. A bola chegou. Claro que devemos melhorar, mas qualidade nós temos”, argumentou o comandante, para depois justificar. “Quando você arrisca mais, a possibilidade de errar aumenta”.

De fato, a falta de capricho tem atrapalhado a vida do tricolor na competição. Em média, são 43 passes errados por jogo. Nesse quesito, o Bahia ocupa a pior posição entre os 20 clubes do Brasileiro, com 648 erros de passe no total.

Curiosamente, o recordista de falhas nesse fundamento é o próprio Fernandão, com 95 passes errados. Ele é seguido de Madson (77), Hélder (61) e Raul (55). No empate diante do Santos, Hélder, com sete passes errados, foi o campeão. A fonte é o site de estatísticas Footstats (www.footstats.net).

Ao menos a princípio, Cristóvão não pretende fazer mudanças na equipe titular, principalmente no trio de volantes responsável por armar as jogadas no meio. Para ele, Rafael Miranda, Fahel e Hélder garantem o bom funcionamento da equipe. “Como viemos de resultados negativos, a gente tem que jogar na segurança. Eles três dão equilíbrio ao time”, comenta.

De saída

Afastado do elenco, o meia Zé Roberto está perto de deixar o Bahia. Ele recebeu proposta do Figueirense e tenta a rescisão de contrato. *Correio