Seis meses em uma cultura diferente, sem fluência no idioma e com inúmeros episódios capazes de provocar risos. Assim foi a passagem do zagueiro Robson pelo Japão. No meio da temporada passada, o jogador formado nas categorias de base do Bahia foi emprestado para o Kawasaki Frontale. O período no continente asiático serviu para pegar experiência e rendeu ao defensor alguns episódios singulares.

– Foram seis meses no Japão. Foi muito difícil a questão da alimentação. Não sabia que tinha mercado que vendia comida brasileira lá. Comia a comida japonesa, que eu particularmente não gostei. Dentro de campo foi uma experiência boa. Aprendi muita coisa. Agora é aproveitar essa experiência aqui no Bahia para ajudar o clube – contou o jogador, que foi integrado ao elenco profissional do Tricolor.

Robson conta que criar relacionamentos era outro problema. Ele até tentou azarar uma garota japonesa, mas a língua foi um grande entrave.

– As mulheres lá são mais difíceis. Pra conversar com elas era complicado. Teve um jantar que convidamos uma, eu falava para o meu tradutor em português e ele passava para ela em japonês. Não tinha condição – disse o zagueiro aos risos.

O período no Japão rendeu causos, mas também deixou Robson mais maduro. Capitão do time sub-20 do Bahia, o jogador espera aproveitar a chance dada pelo técnico Marquinhos Santos para fazer história com a camisa tricolor.

– Eu fui para o Japão pensando em adquirir experiência, voltar e jogar no futebol profissional. Jogo no Bahia tem cinco anos. Ia no estádio ver a torcida no estádio durante os jogos. Estou muito feliz. Agradeço a comissão técnica e vou agarrar essa chance com unhas e dentes – prometeu.

REFERÊNCIA NA POSIÇÃO

Apesar de ter apenas 20 anos, Robson mostra maturidade ao falar sobre a chance de atuar profissionalmente pelo Bahia. O zagueiro conta que tem conversado muito com os atletas mais experientes para ter sucesso no Fazendão. Promessas que se deram bem no Bahia recentemente, como Talisca e Feijão, servem de inspiração para o jovem defensor.

– Tem que ter tranquilidade. Converso com pessoas experientes que dizem que tenho treinar, demonstrar trabalho, o treinador vai me ver e quando tiver a oportunidade, entrar e ir bem. O Feijão esperou a oportunidade e aproveitou. O Talisca também. Tudo é questão de aproveitar a oportunidade. E quando ela aparecer, vou mandar bem – destacou o atleta tricolor.

Dentro do elenco do Bahia, Robson tem o zagueiro Titi como inspiração. A jovem promessa diz que acompanha e admira o companheiro de time mais experiente.

– Todos os zagueiros que estão aqui têm muita qualidade. O Titi joga aqui há três temporadas. Acompanho ele tem muito tempo. Gosto da maneira dele de jogar. Me espelho nele – revelou Robson. *Globo Esporte