Ter uma semana exclusiva para treinos virou artigo de luxo no Fazendão. Desde o início do ano, o técnico Marquinhos Santos só teve a chance de trabalhar o time por mais de seis dias seguidos durante a pré-temporada. Pensar em trabalhos mais elaborados com foco na parte tática ou física ficou praticamente impossível com a disputa de duas partidas por semana. Por conta disso, a folga na tabela do Campeonato Baiano foi bastante comemorada pela comissão técnica tricolor, que já planeja aproveitar da melhor maneira possível o tempo livre que terá pela frente.

A programação do Bahia não prevê folgas para o elenco durante o fim de semana, além de treinos em dois períodos no sábado. A meta de Marquinhos Santos é ajustar a equipe para ter a primeira boa atuação da temporada e arrancar sorrisos do torcedor tricolor já na próxima quarta-feira, dia da partida contra o Vitória da Conquista, na Arena Fonte Nova, pela terceira rodada da segunda fase do Campeonato Baiano 2014

Essa será uma semana importante, rara no calendário nacional. Garanto que vai ser muito bem aproveitada. Vai ser importante para termos um lastro maior de treinamento. Vamos procurar ajustar, agrupar a equipe e melhorar o que já foi visto. Principalmente a conclusão a gol, para que possamos ter uma tranquilidade maior dentro do jogo – disse o treinador tricolor.

Com a semana de treinos, Marquinhos Santos terá a chance de testar novas opções para o time titular do Bahia. O técnico afirma que boa parte da equipe já está definida, mas algumas posições ainda estão em aberto, à espera de jogadores que se destaquem nos trabalhos realizados no Fazendão.

– Existe a procura da equipe ideal. Temos 85% dessa equipe. Entendo que é necessário ter uma sequência da equipe, ter um padrão necessário para chegar no Ba-Vi com um time próximo do ideal ou já nesse estágio – afirmou.

Um dos setores que ainda estão em aberto e que o treinador pretende definir nesta semana é o ataque. Marquinhos Santos ainda não possui um 9 de ofício para montar a equipe Tricolor. O treinador argumenta que um centroavante poderia melhorar o desempenho técnico e físico da equipe, já que o time teria uma referência no ataque.

– O jogador de área encurta o caminho, dá um leque de opções para o treinador. Criamos muitas oportunidades nos jogos que disputamos. Se tivéssemos esse jogador desde o início da temporada, ele já poderia ser o goleador do Bahia no ano. Na parte tática, um camisa 9 nos daria condição de trabalhar com a movimentação dos meias e dos volantes. Também contribui na parte física, já que ele segura mais a bola, ter compactação maior no campo adversário. A bola fica mais no ataque. Tendo a referência, ajuda muito para ter um desenvolvimento maior de jogo – comentou.

Nesta sexta-feira, o treinador aproveitou a ausência de jogos no fim de semana para focar na parte física. No campo do Fazendão, os jogadores do elenco tricolor participaram de uma atividade de tiros de corrida com elásticos amarrados na cintura e também com condução da bola, para aprimorar o domínio da redonda.*Globo Esportes.