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O governador da Bahia, Jaques Wagner criticou o candidato a Presidência da República Aécio Neves (PSDB), em uma entrevista concedida ao jornal Folha de SP, publicada nesta segunda-feira (13). Aliado da candidata Dilma Rousseff (PT), Wagner falou sobe o uso das denúncias de corrupção envolvendo a Petrobras e salientou que não vê em Aécio como exemplo de ética. “Estamos em campanha e tenta-se fazer palanque sobre um tema rejeitado pela população, que é a corrupção. Se [denúncias] tem objetividade, saberemos no final. Há muita hipocrisia. Não reconheço em Aécio Neves alguém que possa dar aula de ética. O povo sabe que tem santo e diabo em todos os partidos. No meu e nos outros. Ninguém ganha eleição dizendo ‘sou honesto’. Até porque ninguém acredita”, disse.

O governador da Bahia também criticou a demora na aprovação de uma reforma política no governo petista. “Essa palhaçada [a corrupção] só acaba quando houver financiamento público de campanha. O grande erro do PT foi não ter tido mais pulso para fazer a reforma política, porque ou destrói a máquina eleitoral do jeito que está hoje ou todo mundo vai para o ralo. Mudar essa máquina passa por coincidência de eleição, fim da reeleição, fim da barganha do tempo de TV”, afirmou.

Jaques Wagner deu sinais de que é contrário a candidatura do ex-presidente Lula em 2018. “Sempre acho melhor renovar. Mas o patrimônio político de Lula não é algo que você dispense. Temos que esperar o resultado de 2014 e, em qualquer dos casos, Lula continua sendo uma figura importante. É uma carta no jogo para 2018. Até lá vamos ver o outro nome que pinta”, encerrou.