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Tarde surpreendente na Toca do Leão. Primeiro, um treino longo de duas horas. Depois, o técnico Ney Franco teve que driblar a casa de marimbondo localizada numa árvore para chegar até a sala de imprensa. Na sequência,cutucou o vespeiro. Na entrevista que durou dez minutos, utilizou os últimos 20 segundos para ser franco. “Eu, mesmo sendo treinador do Vitória – me perdoe, torcedor do Vitória –, se a gente ganhar vou torcer para o Bahia vencer o Atlético-PR. Só não me mandem embora por causa disso”, concluiu o papo com descontração.

E por mais dolorida que seja para os rubro-negros, a frase do treinador tem absoluto sentido. “Uma vitória nossa lá no Rio e uma do Bahia aqui, a gente diminui a vantagem para o terceiro colocado pra quatro pontos. E lógico que o nosso pensamento é esse”, justifica Ney, confiante no sucesso do time diante do Fluminense, neste domingo (27), às 17h30 (horário da Bahia), no Maracanã.

Ousadia não faltará para o Leão fazer a sua parte da combinação. Ney não confirmou a equipe, mas deixou clara a principal intenção. “Se eu optar por William (Pica-Pau) e Marquinhos, que é uma possibilidade do jogo, a gente trabalha com Cáceres juntamente com Escudero nessa dupla de volantes e tem uma equipe mais ofensiva, que é uma possibilidade real de ser utilizada contra o Fluminense”, destacou o treinador.

Para ser colocada em prática, a ideia depende da recuperação de Marquinhos, de fora dos treinamentos de quinta e ontem por causa de uma amidalite. Ontem, inclusive, o atacante acabou liberado para retornar pra casa ao ser atendido na Toca. Ele se apresenta neste sábado (26) e viaja para o Rio de Janeiro.

O esquema pra lá de ofensivo ilustra o termo ‘é hora de arriscar tudo’, citado por Ney Franco após o empate de 1×1 com a Portuguesa, domingo passado. “Logicamente tem que arriscar com inteligência, sem cometer algumas loucuras. Tem que ter uma equipe bem posicionada. Não adianta simplesmente colocar três atacantes. A bola precisa chegar. Vale a pena você trabalhar com essa possibilidade de procurar mais o gol. É o que queremos nos jogos do Vitória”, comenta.

Sem improvisação – Na possibilidade mais remota de veto de Marquinhos, o time entrará mais sólido na marcação. Em vez de Luiz Gustavo, titular nos últimos sete jogos, Michel formará dupla com Cáceres. Ney explica a opção. “Luiz Gustavo tem uma característica de ficar mais preso e como terceiro zagueiro. A gente está querendo utilizar um volante da posição, lembrando que Michel quando saiu (por lesão) estava titular. Como tem um jogador da posição, não queremos fazer uma improvisação”, explica o professor, que relacionou 20 jogadores.

Além dos prováveis titulares e de Michel, estão na lista Gustavo, David Braz, Euller, Elizeu, Luiz Gustavo, Arthur Maia, Pedro Oldoni e Alemão.

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