O senador Walter Pinheiro (PT) fez duras críticas ao sistema eleitoral brasileiros e defendeu a reforma política. “As eleições foram prostituídas. O sujeito da eleição de 2016 já está fazendo campanha desde agora. Um dos pontos da reforma política é a reforma do conteúdo programático. Dia sete de outubro apresento [a proposta de] eleições gerais, em 2019, com o fim da reeleição”, afirmou em entrevista ao programa Acorda Pra Vida, da Rede Tudo FM, nesta segunda-feira (28).

Pinheiro ainda discorreu sobre o funcionamento da Câmara e do Senado, dizendo ser desnecessária duas casas com papeis parecidos. “O Senado é outra Câmara. Nós temos quatro casas legislativas. Volto a dizer, o Senado hoje faz o mesmo papel da Câmara. Tem temas que eu acho que a Câmara não deveria discutir. Idem o Senado. Tem temas que não precisariam transitar nas duas casas. No geral, a gente termina fazendo tudo. E a gente não vai contribuindo para colocar o dedo na ferida. Legislar a partir do que se precisa”.

Ele se mostrou contrário a reeleição do Executivo e possibilitou apenas mais um mandato para os cargos legislativo. “Reeleição para Executivo é um mandato e acabou. Para o Legislativo pode se reeleger uma vez só. Tem um deputado federal que tem onze mandatos. Esse negócio é complicado. No quinto mandato, por mais que eu mantenha o pique, a tendência natural é de acomodação”.

Pinheiro disse ser contra o apoio de pai político a eleição do filho ou ente marido e mulher. “Eu acho que o Tribunal deveria proibir esse tipo de coisa. Essa coisa de filho vira uma capitania hereditária. Porque que para disputa eleitoral a gente pode botar parente? É bom que a gente tivesse regras porque isso é um uso e abuso para se manter”, finalizou.

Redação Bahia no Ar