O ex-jogador e deputado federal, Romário, criticou o governo federal pela falta de vontade política em fazer uma intervenção no futebol brasileiro.
Indignado com a derrota humilhante da Seleção Brasileira para Alemanha na última terça-feira, 08, na partida pelas semifinais da Copa do Mundo, o parlamentar compartilhou sua revolta através de uma rede social. “Nunca tive o apoio da presidente do país, Dilma Rousseff, ou do ministro do Esporte, Aldo Rebelo. Que todos saibam: já pedi várias vezes uma intervenção política do governo federal no nosso futebol”, escreveu,.
Romário explicou ainda que , em 2012, apresentou um pedido de CPI da CBF, baseado em um série de escândalos sobre a entidade, como o enriquecimento ilícito de dirigentes, corrupção, evasão de divisas, lavagem de dinheiro e desvio de verba do patrocínio da empresa área TAM. “O pedido está parado em alguma gaveta em Brasília há dois anos”, falou.
O ex-jogador acrescentou ainda que mais vergonhoso que o placar do jogo que foi 7 a 1, é ter uma das gestões de futebol "mais corruptas" do mundo. O deputado fez duras criticas contra a CBF “O presidente da entidade, José Maria Marin, é ladrão de medalha, de energia, de terreno público e apoiador da ditadura. Marco Polo Del Nero, seu atual vice, recentemente foi detido, investigado e indiciado pela Polícia Federal por possíveis crimes contra o sistema financeiro, corrupção e formação de quadrilha. […] Marin e Del Nero tinham que estar era na cadeia! Bando de vagabundos!!!”, acusou. "Há quatro anos pregando no deserto sobre os problemas da CBF, uma instituição corrupta gerindo um patrimônio de altíssimo valor de mercado, usando nosso hino, nossa bandeira, nossas cores e, o mais importante, nosso material humano, nossos jogadores", argumentou.
O deputado afirmou também que a corrupção da entidade tem raízes em todos os clubes brasileiros e chegou a citar nomes de pessoas que estariam ligadas a uma possível “Bancada da CBF”, como José Rocha (PR-BA), Rodrigo Maia (DEM -RJ), Guilherme Campos (PSD-SP), Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP), Vicente Cândido (PT-SP), Jovair Arantes (PTB-GO) e Valdivino de Oliveira (PSDB-GO).
De acordo com Romário, os parlamentares, teriam impedido a aprovação de um projeto que aumentaria a fiscalização sobre a confederação. “O futebol brasileiro tomou uma goleada e a derrota retumbante, infelizmente, não foi só em campo. Nem sequer tivemos o prazer de jogar no Maracanã, um templo do futebol mundial, reformado ao custo de mais de R$ 1 bilhão”, criticou. Segundo ele, a escolha partiu da CBF e o Ministério do Esporte e a Presidência foram omissos em não interferir. “Dilma tem sim que entregar a taça para outra seleção. Este gesto será o retrato do valor que ela deu ao nosso futebol nos últimos anos! […] Essa será a taça da vergonha”, concluiu.
Redação Bahia no Ar