Pelo menos sete pessoas disputam com chances a vaga do ministro Joaquim Barbosa, no Supremo Tribunal Federal (STF). Entre os candidatos estão dois ministros do governo Dilma, um professor da Universidade de São Paulo (USP) e quatro membros do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Da USP, o professor e tributarista Heleno Torres; Do governo federal, o Advogado Geral da União, Luís Adams e o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, mestre e doutor pela PUC-SP e por fim do STJ, Benedito Gonçalves, Herman Benjamin, Maria Thereza Assis de Moura e Luiz Felipe Salomão.
Entre as especulações existe também uma vasta lista de supostos apadrinhamentos. Negro como Barbosa, Benedito Gonçalves tem currículo extenso e diversificado. Nasceu no interior paulista, foi papiloscopista da Polícia Federal, delegado da Polícia Civil do DF, juiz federal e antes de ascender ao STJ era desembargador do TRF da 2ª Região. Nos bastidores das togas no Supremo, há indicações de que, apesar de muito amigo do ex-presidente Lula, não deve ser o indicado pela presidente Dilma, porque neste sentido criaria uma 'cota' para a vaga.
O professor e jurista Heleno Torres é amigo e apadrinhado por Luís Inácio Adams – outro cotado. Conceituado no meio acadêmico, ficou 'queimado' com a presidente ao se sentir convidado após uma entrevista para outra vaga ano passado. Espalhou e se deu mal.
Especialista em Direito Econômico e egressa da vaga da OAB para o STJ, Maria Thereza é apadrinhada pelo ex-ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos. Já outros dois colegas, Herman Benjamin e Salomão, não têm padrinhos específicos, mas conquistaram o apoio do Legislativo brasileiro.
Natural de Catolé do Rocha (PB), Benjamin cresceu na carreira de procurador do MP em São Paulo. Em Brasília, notabilizou-se por presidir a Comissão de Juristas, junto ao Congresso Nacional, para elaboração do novo Código de Defesa do Consumidor. Juiz estadual no Rio, Luiz Felipe Salomão não tem ligações partidárias ou padrinho político, mas conquistou bom trânsito entre os Poderes, em especial após presidir Comissão Especial do Senado para o tema “Soluções para Conciliação, Mediação e Arbitragem''.
Se vencer a eleição, Dilma nomeará mais dois ministros. É que se aposentam neste ano e em 2015, respectivamente, Celso de Mello (em novembro) e Marco Aurélio Mello (em julho).
Redação com informações da Coluna Esplanada