O ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró, preso na última quarta, 14, não pretende recorrer à delação premiada – como fizeram outros investigados da Operação Lava Jato.
De acordo com a IstoÉ, a defesa de Cerveró avaliou que não há motivo para que ele faça um acordo de colaboração com o Ministério Público Federal e a Polícia Federal, responsáveis pela condução das investigações no âmbito da Operação Lava Jato. "Não acredito que o Nestor possa fazer uma delação. Os fatos da Lava Jato são pós 2008 e o Nestor Cerveró saiu em março de 2008 da Petrobras. Quem estava na área internacional de 2008 até agora não era ele. Então, não vejo como o Nestor possa contribuir com relação a esse período. Quem deveria ser ouvido são os sucessores dele", afirmou Edson Ribeiro, advogado do ex-diretor, nesta segunda-feira (19).
Segundo o defensor, embora não tenha previsão de um acordo formal de delação, Cerveró tem contribuído com as investigações. Na semana passada, o ex-diretor prestou depoimento na sede da PF em Curitiba, onde se encontra preso atualmente. Na ocasião, os agentes não teriam questionado sobre a compra da refinaria de Pasadena, Texas (EUA), realizada em 2006 pela Petrobras.