Muito dessa percepção tem a ver com as tendências momentâneas e passageiras e com o seu estímulo a um consumo desenfreado. Prefiro pensar na moda como uma ferramenta poderosa de comunicação, que faz parte da nossa rotina diária e por isso indispensável nas nossas vidas. Afinal de contas, todos nós precisamos nos vestir todos os dias, mesmo para ficar em casa, como é a realidade de grande parte das pessoas que estão vivendo o isolamento social provocado pelo COVID-19. O objetivo desse artigo é mostrar como é possível enxergar a moda como uma aliada e começar a usá-la de forma mais inteligente.
Para começar é preciso se libertar dos padrões que muitas vezes essa indústria tenta nos impor. O mercado da moda oferece produtos dos mais diversos estilos a todo momento. Entretanto, cada um de nós tem uma personalidade e um estilo de vida, que juntos formam o nosso estilo pessoal e único. Se perguntar, por exemplo: qual a minha personalidade? Qual a principal atividade que desempenho? O que a minha profissão demanda de mim em relação ao meu modo de me vestir? Qual o tipo de calça que eu gosto e que funciona para o meu estilo de vida? Esses são apenas alguns exemplos de perguntas para você começar a se conhecer melhor, definir o seu estilo pessoal e desenvolver uma consciência das suas reais necessidades e a partir desse conhecimento fazer melhor as suas escolhas.
O próximo aspecto importantíssimo é a imagem pessoal. Nós somos seres visuais. Ao olhar uma pessoa, somos capazes de formular uma impressão de quem ela é nos primeiros 30 segundos, só de olhar e analisar como ela se veste. Essa é a comunicação não verbal e está mais presente no nosso cotidiano do que você possa imaginar. Então te pergunto? Qual a imagem pessoal que você deseja passar para o outro? Por exemplo: Lis é uma publicitária que atua na área de marketing e gostaria de ser percebida como uma profissional criativa, antenada, moderna e atual. Se ela se apresenta para um novo cliente usando um look mais formal, como um “terninho” preto em alfaiataria, cabelos e maquiagem impecavelmente arrumados e sapatos tipo scarpin estará passando uma imagem de alguém conservadora, reservada.
Nessa esfera não existe certo ou errado. Lis não está usando uma roupa errada, mas a imagem que ela está passando não é a que ela definiu para ela mesma. Veja que aqui não se trata de imposições, mas sim dos seus objetivos pessoais e/ou profissionais. Não é à toa que o serviço de consultoria de imagem e estilo vem crescendo e cada vez mais sendo procurado por pessoas das mais diversas áreas e com objetivos diversos.
Um outro ponto bastante positivo de todo esse processo é que consequentemente você começa a comprar menos e melhor. Olha o consumo consciente!
Moda inteligente é saber aliar o seu estilo à sua imagem desejada. É saber que a roupa é a nossa segunda pele e ela comunica o que somos. Então porque não as usar a nosso favor, fazendo com que as nossas escolhas façam mais sentido? E tudo isso, sem deixar de ser você mesma e ao mesmo tempo, revelando a sua melhor versão. Essa é a grande sacada!
E o maior instrumento para essa descoberta é o autoconhecimento.
Como já dizia o famoso aforismo do grego antigo proferido pelo grande filósofo Sócrates; “Conhece-te a ti mesmo”!
Achei interessante essa abordagem. Fico sempre na dúvida do que vestir para participar de uma live por exemplo.