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Durante depoimento à força-tarefa da Lava Jato, o executivo da Camargo Corrêa e delator Dalton dos Santos Avancini afirmou que a empreiteira pagou R$ 8,7 milhões em propina para a campanha de Eduardo Campos (ex-PSB, morto no ano passado em um acidente aéreo) ao governo de Pernambuco por meio de um contrato fictício do Consórcio CNCC, liderado pela Camargo Corrêa. É a primeira vez que o delator, que já admitiu R$ 110 milhões de propina a ex-diretores da estatal, cita repasse para a campanha de um político.

Avancini afirmou em seu depoimento prestado no dia 6 de maio deste ano que a propina era referente a um outro contrato, este de terraplenagem das obras da refinaria, vencido pela Camargo em um outro consórcio formado Odebrecht, Camargo Corrêa, Galvão Engenharia e Queiroz Galvão. Segundo o delator, cada uma destas empresas teriam pago propinas individualmente ao candidato ao governo do Estado. “Eis que Camargo Corrêa veio pagar 8.7 milhões de reais titulo de propina em favor da campanha de Eduardo Campos para o Governo de Pernambuco por meio de um contrato fictício com Master Terraplenagem, junto ao Consórcio CNCC onde Camargo era líder poderia operacionalizar tais pagamentos sem ter de dar explicações”, afirmou o executivo.