Foi liberado nesta sexta-feira, 21, para ser retirado do Instituto Médico Legal pela família, o corpo do miliciano Adriano Magalhães da Nóbrega. Acusado de envolvimento com a milícia e de chefia um grupo de matadores no Rio de Janeiro, o ex-capitão da Polícia Militar (PM) foi morto na madrugada do dia 9 de fevereiro na cidade de Esplanada, na Bahia. Ele estava foragido havia um ano e foi baleado por policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope) baiano durante um cerco. As informações são do jornal G1.

Ontem,20, o corpo do miliciano havia passado por uma nova perícia, conforme determinação da Justiça.Um perito particular contratado pela família afirmou que, a princípio, não haviam indícios externos de tortura no corpo do miliciano. No entanto, de acordo com informações do perito Talvane de Moraes, fornecidas durante entrevista à GloboNews, a análise não é conclusiva e o material foi coletado para novos exames laboratoriais.

Na quarta-feira, 19, o IML do Rio chegou a informar à Justiça que o corpo do miliciano estava apodrecendo.

Durante a manhã da terça-feira, 18, o presidente Jair Bolsonaro também havia solicitado a realização de uma perícia independente da morte de Adriano. No mesmo dia, o filho do mandatário, Flávio Bolsonaro, chegou a divulgar um vídeo nas redes sociais acusando a PM da Bahia de ter cometido tortura.

No Twitter, Flávio assegurou que o miliciano teve “sete costelas quebradas, coronhada na cabeça, queimadura com ferro quente no peito, dois tiros a queima-roupa (um na garganta de baixo p/cima e outro no tórax, que perfurou coração e pulmões”, escreveu.

Em resposta ao vídeo de Flávio Bolsonaro, o governador da Bahia Rui Costa (PT) questionou a veracidade do conteúdo.

“Como é que vou periciar um vídeo que circula na internet? Posso lhe garantir que aquilo não é nem do IML da Bahia, nem do IML do Rio. Imagens hoje, vocês que são de comunicação, editam do jeito que quiserem. Mas não são imagens dele [Adriano]. As imagens do corpo tem uma saída de bala nas costas e as costas [mostradas no vídeo] estão lisas”, pontuou Rui na saída de uma reunião no Senado, em Brasília.

 

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