Após comandar o primeiro treino a frente do Bahia, Roger Machado concedeu sua primeira entrevista coletiva como treinador do Esquadrão, na manhã desta sexta-feira. Ele foi apresentado por Diego Cerri, diretor de futebol, que fez elogios ao novo comandante e explicou porque o clube optou por fazer um contrato longo, até o fim de 2020.

Em suas primeiras palavras, Roger Machado afirmou que Enderson Moreira deixa um trabalho bem desenvolvido e com um “campo fértil” para trabalhar, inclusive no quesito tático.

“No futebol brasileiro dificilmente você faz um trabalho sozinho. Sempre você chega e faz um trabalho de muitas mãos. O que quer dizer isso? Quando me ofereceram a oportunidade no Grêmio, o Felipão havia saído do clube. Mas quando cheguei naquele ambiente, a instabilidade gerada e apontada nos maus resultados talvez tenha acontecido por ter experimentado muitos jovens. A instabilidade o tirou do cargo, mas me deu a oportunidade de chegar sabendo quais jogadores poderia usar e que resposta teria. Chego na saída do Enderson afirmando que chego com campo fértil. Também recebo um material humano, estrutura tática bem montada, que permite dar continuidade colocando o que entendo que seja correto. Precisamos da compreensão de todos. Sabemos que o torcedor é apaixonado pelo clube, por isso a instabilidade em campo gera pressão no comando diretivo e as vezes opta por trocas. Espero que as vitórias balizem nossa continuidade”, disse Roger.

Sobre suas principais caracteristica Roger afirmou que preza pela posse de bola e jogo apoiado.

“Gosto do jogo de posse, jogo apoiado. Mas tendo o jogo de posse como meio, não como fim. A posse de bola serve como objetivo para desestruturar a linha de defesa, para identificar o momento e atacar e ter profundidade, sendo agudo em direção ao gol adversário. Alguns trabalhos priorizam isso. Hoje era o trabalho de início e final de recuperação, após eles terem descansado. Uma parte com todos, outra com aqueles que precisavam de maior volume. Muito trabalho de passe hoje porque entendo que com esses dois fundamentos, o passe e com o domínio, se tiver bem controlado, você consegue fazer boa aparte do jogo, tendo retenção, sem dar o objeto do jogo para o adversário”, afirmou.

Roger também foi questionado sobre Guilherme, que, embora participe normalmente dos treinamentos, não vem sendo relacionado depois de um episódio de indisciplina na partida contra o Sergipe. O treinador avisou que o caso do meia será avaliado com a diretoria tricolor.

“A avaliação mais precisa do elenco e das nossas necessidades, a gente já tem conversado com o Diego, para a gente delinear alguma coisa, a curto, médio e longo prazo. Importante planejar todos esses cenários, mesmo sabendo da necessidade de vencer todo jogo. Estou desde ontem envolvido na rotina do departamento de futebol, estarei delineando essas questões. Com relação as disputas e fases decisivas, que bom que um time grande está nas disputas. É uma fase adiantada da Copa do Brasil, estará decidindo a possibilidade de passar para uma nova fase. Depois, teremos jogos do Campeonato Brasileiro. Futebol vive de decisões, nada mais natural que estar em campo decidindo jogos. Isso que move a gente e leva o torcedor ao estádio”, explicou.

Roger terá mais alguns dias para treinar a equipe, afinal a primeira partida do treinador pelo Bahia será na terça-feira, contra o CRB, pela Copa do Brasil.

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