Após a divulgação de dois boletins com informações divergentes pelo Ministério da Saúde, no domingo (7), em relação ao número de óbitos e casos confirmados do novo coronavírus (Covid-19) no país, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), voltou a censurar o governo. Em uma publicação nas redes sociais na madrugada desta segunda-feira (8), ele garantiu que “brincar com a morte é perverso”.

“Brincar com a morte é perverso. Ao alterar os números, o Ministério da Saúde tapa o sol com a peneira. É urgente resgatar a credibilidade das estatísticas. Um ministério que tortura números cria um mundo paralelo para não enfrentar a realidade dos fatos”, escreveu Maia.

O deputado também informou que a comissão externa da Câmara, que trata da Covid-19, vai “se debruçar sobre as estatísticas”.

“É urgente que o Ministério da Saúde divulgue os números com seriedade, respeitando os brasileiros e em horário adequado. Não se brinca com mortes e doentes”, finalizou.

Reprodução / Twitter

No sábado (6), Maia já havia criticado as mudanças do Ministério da Saúde na divulgação dos dados sobre o novo coronavírus no território brasileiro.

Nos últimos dias, o boletim oficial do país passou a sair no fim da noite e com menos informação que antes. O portal oficial do órgão ficou fora do ar e, ao ser restabelecido, também deixou de informar os dados acumulados da doença.

Dados divergentes

No domingo, o Ministério da Saúde divulgou dados diferentes sobre a quantidade de mortos e infectados pela Covid-19. O governo ainda não explicou a razão da diferença dos dados.

O primeiro balanço do Ministério da Saúde apontava para 1.382 mortes nas últimas 24 horas, elevando o total de óbitos para 37.312. Já o segundo divulgado no painel oficial do ministério, que acompanha a evolução da doença, informava 525 vítimas, somando 36.455 mortes, desde o início da pandemia no Brasil.

A diferença na apuração das mortes das últimas 24 horas entre os dois balanços é de 857 pessoas.

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