Na manhã desta segunda-feira (30), o radialista Roque Santos voltou a conversar, por telefone, com o prefeito de Simões Filho, Diógenes Tolentino (Dinha). Tendo em vista que o programa Bahia No Ar (Rádio Sucesso 93.1) segue mantendo contato constantemente, agora de maneira ainda mais reforçada, com as prefeituras municipais da Bahia, e seus respectivos gestores, levando em consideração o período crítico de enfrentamento do novo coronavírus (Covid-19). O município de Simões Filho segue até a presente data sem casos confirmados da doença.

“A gente observa que as medidas foram tomadas de forma muito corretas. Haja visto que, até o presente momento, não temos casos nenhum em nosso município. Já tivemos casos suspeitos, e temos casos suspeitos, estamos monitorando toda família ou todo cidadão que é enquadrado como suspeito em nosso município, a gente faz o monitoramento através da Viligilância de Saúde, da equipe de saúde. Aqueles casos suspeitos, nós coletamos o material e encaminhamos para o Estado, o Governo do Estado, através da Secretaria de Saúde do Estado [Sesab], do Laboratório Lacen, do Laboratório Central, é que faz a análise pra saber se é realmente o Covid-19 ou não e, graças a Deus, todos os casos casos suspeitos que foram encaminhados para o Lacen foi dado negativo”, ressaltou Dinha.

Nesse momento, o prefeito esclareceu, inclusive, que o exame para diagnósticar o novo coronavírus, feito em uma paciente idosa, que deu entrada já em óbito na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) da cidade, no dia 23 de março, testou negativo para o vírus, ou seja, a causa da morte não foi provocada por infecção pela Covid-19. Relembre o caso aqui.

“Uma senhora, que chegou em óbito na Unidade de Pronto Atendimento, mas havia sintomas similares ao Covid-19, eu determinei à secretária de Saúde [Iridan Brasileiro] que fizesse a coleta do material e encaminhasse para o Lacen, justamente para que a gente tirasse toda dúvida, já que pairava sobre aquele caso uma dúvida, se realmente foi ou não foi. Negativo [o resultado]. É claro e evidente que a perda daquela senhora para a família, para os amigos, é uma dor muito grande, e a gente ficou bastante sensibilizado com aquela situação, mas era um momento de aflição, um momento de angústia, mas a gente tomou a decisão que, pra mim, foi uma decisão correta, porque tira a dúvida da família, tira a dúvida daqueles que querem se aproveitar desse momento para fazer política, inclusive, foi veiculado nas redes sociais, de forma danosa, sem nenhum respeito ao sentimento dos familiares e a gente sabe como algumas pessoas trabalham nesse município sem respeitar esse momento, um momento de dor, um momento que todos devem dar as mãos, ser solidários, esquecer essa questão política e focar naquilo que é mais importante nesse momento, que a vida do povo baiano, do povo brasieliro, do povo simõesfilhense”, pontuou.

Na oportunidade, Dinha também parabenizou a população do município.

“Eu quero até parabenizar o povo de Simões Filho, que atendeu o chamado, que tem procurado dar sua contribuição. Primeiro, que reconhecendo a gravidade do momento. A gente não deve em nenhum momento menosprezar, não é porque Simões Filho não tem nenhum caso que nós vamos ser negligentes nas medidas adotadas. Pelo contrário, vamos estar mais atentos e vigilantes nessa questão. A gente não quer caixões e caixões saindo daqui e de lugar nenhum. Essa doença atinge uma socieddae como um todo, a economia de um estado, de um país”, disse.

Em relação a abertura do comércio, ele destacou: “A gente tem observado que algumas cidades liberou, com controle, algumas atividades no mercado da cidade, de forma gradativa. O governo do Estado, na última reunião com os prefeitos, ele sinalizou que é preciso aprender a conviver com o Covid-19, com o coronavírus, e com a economia, porque está se prevendo um tempo cada vez maior, porque de qualquer forma, vai se precisar dar um suporte maior pra essa população [que tem no comércio a fonte de renda]”, analisou.

“Já entramos, atráves da Secretaria de Desenvolvimento Social com o apoio que estamos dando nas comunidades, entregando na própria casa a cesta básica. Inicialmente, as famílias cadastradas através do Creas [Centro de Referência Especializado de Assistência Social] e do Cras [Centro de Referência da Assistência Social]. As equipes estão saindo, entregando [as cestas]. Aquelas pessoas que porventura não estão cadastradas, estamos viabilizando criar um telefone para que essa equipe vá entregar as cestas nessas residências. E, é um apoio não só com cestas básicas, mas também com o  ‘Disk Psicólogo’. A gente sabe que nesse momento as pessoas estão, principalmente as pessoas contaminadas, as famílias, e aqueles que estão em isolamento social, eles precisam falar com alguém da área de saúde para trabalhar a mente. No horário administrativo profissionais estão atendendo a população”, contou.

Ceasa

Dinha também falou sobre medidas adotadas para os bairros próximos ao Centro de Abastecimento (Ceasa), que é de responsabilidade da administração de Salvador.

“A secretária de saúde tá fazendo um contato constantemente com os profisionais de saúde. A gente sabe o risco que é a Ceasa, é bem próxima. Nós temos várias famílias que moram na Pitanguinha, no CIA, que trabalham na Ceasa. Hoje, em uma reunião, vou saber qual a medida que nós estamos adotando. Primeiro, é a conscientização, assim como Salvador, algumas cidades têm feito justamente algumas aberturas de comércio, pensando assim, é claro que a Ceasa é bem próxima, ela estando aberta, é claro que essas famílias estão trabalhando lá, mas é preciso que haja um acompanhamento, uma conscientização, até mesmo, não se interferindo no trabalho, mas buscando fazer uma parceria, um trabalho na própria unidade da Ceasa, aqui bem proximo de Simões Filho, apesar de que a cobertura é de Salvador. Mas, eu vou anotar aqui e passar pra secretária de saúde para que ela tome as devidas providências, além das que já foram feitas ali na Pitanguinha e em bairros próximos”, destacou.

Centro de Referência ao Coronavírus

“Estamos botando o leito de retaguarda na UPA, ao lado da UPA, já iniciamos esse trabalho em alguns dias atrás. Eu estou acompanhando de perto, e diariamente. Está praticamente pronto, nós teremos uma unidade de referência para o atendimento do coronavírus, ou seja, todas as pessoas do município de Simões Filho que desenvolver qualquer sintoma semelhante ao que tem sido divulgado, provocado pelo coranavírus, com febre, com garganta inflamada, desconforto respiratório, gripe, então, essas pessoas vão se dirigir à essa unidade. Nós vamos ter uma unidade que vai ter todo o cuidado, toda segurança, e vai estar ali, exclusivamente, pra atender o paciente do coronavírus. É uma forma de isolar, de diminuir o poder de multiplicação do vírus e evitar que a gente possa estar utilizando a UPA, o Hospital Municipal, pois seria três unidades correndo risco. É claro que, se precisar, a UPA será utilizada, o hospital também, mas a medida é uma espécie de filtro para a partir daí ter uma caminhada até o dia que possamos ter uma vacina, um medicamento que acabe com essa enfermidade”, relata.

“Todas as medidas que eu adote,  eu fui pessoalmente estar à frente, estou acompanhando a Vigilância de saúde, estou acompanhando a secretária de saúde, praticamente, diariamente ela está comigo, ela está ao nosso lado, não só ela, mas toda equipe nesse momento, porque é a secretaria chave, que está coordenando todo o trabalho. Mas, o trabalho não para nas outras secretarias, inclusive, hoje vou ter reunião com o secretário de Insfraestrututa, a gente vai fazer algumas mudanças nessa secretaria, devido a necessidade de avançarem algumas áreas. Entendo, é claro, que a prioridade é a questão da manutenção da vida e é isso que nós estamos fazendo, constantemente, de domingo a domingo, pra que a gente possa concretizar e ter êxito em todas as mdidas que foram adotadas”, acrescentou.

Por fim, Dinha deixou um pedido: “Peço aqui a população de Simões Filho, a compreensão. Sei que o momento é difícil pra todos, não pense vocês que é um momento fácil, é difícil para aquele que é dono de loja, para aquele que vive em qualquer ponto da cidade, ele tá tendo dificuldade. Mas, é o momento de dar as mãos, não fisicamente, mas em pensamento, pensar um no outro, buscar à Deus, porque é uma coisa nova e a gente precisa ter sabedoria para lidar com tudo isso, mas a gente tem procurado acompanhar outras ações, em outras cidades, em outros países até, e percebemos claramente que o que tem dado errado nos países que tem contabilizado o grande número de óbitos é menosprezar o poder nociso dessa doença; esse é fatal. E, é isso que a gente não pode fazer, menosprezar. Eu tenho colocado pra todos aqui, sejam empresários, seja cidadão, ou cidadã do município, a importância da consciência da gravidade do momento”, findou

 

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