As duas grandes vertentes dietéticas hoje se dividem em contar calorias ou restringir nutrientes.
Entre promessas de resultados rápidos e eficazes, como saber por qual delas optar? Afinal, o que é melhor para emagrecer: cortar calorias ou reduzir nutrientes?
Entre os especialistas, a única unanimidade é a de que perder peso leva tempo: o adequado é “eliminar” no máximo um quilo por semana.
Dentro dessa meta, uma boa conversa com o especialista poderá identificar quais os padrões alimentares pessoais e indicar o melhor caminho a seguir.
Homens e mulheres, por exemplo, têm necessidades diferentes.
“Elas têm mais tendência à obesidade e eles estão mais propensos a acumular gordura visceral”, avalia a nutricionista Andrea Pereira, da Unifesp.
Dietas hipocalóricas
As dietas com poucas calorias vão reduzir a quantidade de alimentos para que o total ingerido não ultrapasse o total estabelecido como meta diária.
Como eles serão gastos, vai de cada paciente.
As porções, no entanto, deverão ser respeitadas.
“O ideal é que sejam consumidos, no total diário, 50% de carboidratos, de 20 a 25% de lipídeos e 10% de proteínas”, diz Andrea.
Esse tipo de dieta costuma ser mais personalizada, já que há a recomendação de nutrientes e não de alimentos específicos.
Como não há proibição de nenhum alimento, o “desejo” tende a diminuir.
Aquela vontade de comer um doce no fim da tarde pode ser saciada, desde que a próxima refeição sofra uma baixa calórica considerável para compensar as calorias do doce.
Justamente pelo caráter mais pessoal, a dieta é também mais fácil de ser burlada.
Não há restrição de tempo, no entanto, o acompanhamento médico deve ser mais presente para corrigir possíveis “desvios de percurso”.
O resultado costuma demorar mais para aparecer, mas parece ser mais duradouro.
Dietas dos macronutrientes
Em geral, essas dietas restringem determinados grupos alimentares como o carboidrato ou a gordura e aumentam a ingestão de proteínas.
De acordo com os especialistas, a fórmula costuma funcionar bem em curto prazo, e não deve ser seguida por muito tempo, sob o risco de a carência de nutrientes causar problemas de saúde.
“O tempo máximo é de 90 dias”, afirma Andrea.
Dietas que simplesmente substituem o pão e as massas por calorias advindas da proteína e da gordura animal podem enfrentar um aumento no risco de desenvolver prematuramente doenças cardíacas e câncer, segundo um novo estudo.
Além disso, um dos efeitos mais citados por quem aposta nessa dieta é a falta de disposição e o mau-humor, comuns quando o corpo perde sua principal fonte de energia (os carboidratos).
A dieta hiperproteica, no entanto, tem contraindicações.
Não pode ser seguida por quem tem mais de 50 anos e por pacientes com problemas renais.
Pessoas obesas devem ficar atentas.
“Elas perdem mais massa magra do que gordura”, diz a nutricionista.
Funciona para mim
Vale ressaltar: é importante que um profissional faça a avaliação nutricional antes de optar por uma ou outra.
Para a nutricionista Monica Beyrute, da Clínica Alfredo Halpern de Emagrecimento, é preciso deixar claro que a melhor dieta é aquela que o paciente consegue seguir.
“Toda dieta funciona, desde que haja comprometimento.
É tarefa do especialista tentar definir qual a mais indicada para cada um com base na observação e relato do comportamento alimentar daquele paciente”, avalia.
* Fonte: Ig