O comercial de O Boticário vem ganhando ‘fãs’ até na Assembléia Legislativa da Bahia (Alba). Nesta polêmica de exibir quatro casais de namorados, entre eles, dois homens e duas mulheres, para a promoção de uma coleção de perfumes unisex, o deputado Pastor Sargento Isidório (PSC), aproveitou a oportunidade para lamentar a veiculação da peça publicitária, que segundo ele “promove o ativismo gay e tenta exibir como normal algo que é contra a natureza divina”, disse.

O deputado fez um joguete com a palavra ‘bosta’ ao citar o nome da empresa de perfumes. “A gente fica triste por essa empresa que não vou citar o nome, a ‘Bosticário’, tente promover essa agressão a sociedade”, comentou. Apesar de sempre reclamar da homossexualidade e anunciar que é “ex-gay” e “ex-portador do vírus HIV positivo”, como também que não pode ficar muito tempo perto de homens porque “a carne é fraca” ele acredita que, “homem com homem, mulher como mulher não pode ser considerado casal. Não me refiro a isso como amor e sim “inflamor”, revelou.

O deputado causa ainda mais polêmica ao anunciar que “não é ecologicamente correto se agachar para fazer sexo através do tubo de esgoto do corpo humano, cientificamente chamado de ânus. O que tem a ver amor com coliformes fecais? Não tem como fazer amor por um lugar que sai fezes. Isso é inflamação e não amor. Por isso “inflamor”, explicou.

Isidório ainda associou o uso de drogas ao relacionamento de casais do mesmo sexo. “Quando eu era homossexual, eu usava droga. Por já estar fazendo uma coisa errada usando maconha, fazia a outra coisa errada também. Esse mesmo grupo que grita para liberar a maconha, apoia essa doideira de pessoas do mesmo sexo se relacionando. Isso não pode ser chamado de casal”, disse.

Bate boca na Alba

A deputada Fabíola Mansur (PSB), que tem como bandeira a defesa da classe LGBT, criticou em sessão plenária realizada nesta quarta-feira (3), as declarações consideradas ‘homofóbicas’ de Isidório. O também parlamentar Marcel Moraes (PP) reiterou que a postura do Pasto Sargento incentiva a violência. “Ele tem que parar com essa relação de ódio”.

Isidório se defendeu e garantiu que não propaga o ódio. “Quem me conhece sabe que isso é uma inverdade. Como posso ter relação de ódio se na Fundação Doutor Jesus eu recebo abertamente cerca de 50 pessoas, entre homens e mulheres, que chegaram com esse problema?”, questionou. “Tem mulher que chega lá parecendo homens, cabelo raspado… Hoje estão parecendo umas princesas”, afirmou.

Para contrapor a imagem de quem propaga ódio aos homossexuais, o deputado contou que na noite de terça-feira (2), ao passar pela cidade de Candeias encontrou com um grupo de gays que pediu para tirar foto com ele. “Eu conheço diversos gays e são pessoas super inteligentes, bem sucedidas. Mas eles não apoiam essa ‘nigrinhagem’ de ir para as ruas ficar gritando: Gay! Gay! Gay! Esse pequeno grupo não que quer impor essa anormalidade a sociedade não representa todos os gay”, justificou.

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