A viagem de três dias da comitiva da presidente Dilma Rousseff para a missa inaugural do papa Francisco, em Roma, envolveu o aluguel de 52 quartos de hotel e 17 veículos, segundo informações obtidas pela Folha.

Dilma, quatro ministros, assessores mais próximos e seguranças se hospedaram no hotel Westin Excelsior, na Via Veneto, um dos endereços mais sofisticados de Roma, num total previsto de 30 quartos.

Ao lado dos ministros Antonio Patriota (Relações Exteriores, à esq.) e Aloizio Mercadante (Educação), Dilma deixa hotel Excelsior em Roma

Um deles foi transformado em escritório para a Presidência da República.

A diária da suíte presidencial custa cerca de R$ 7.700, enquanto o quarto mais barato fica por R$ 910.

Os outros 22 quartos, para pessoal de apoio, ficaram em local próximo.

A presidente não quis ficar na residência oficial da Embaixada do Brasil, instalada num amplo palacete no centro histórico de Roma e que costuma receber mandatários do país.

Foi o caso do ex-presidente Lula, em 2005, quando participou do funeral do papa João Paulo 2º.

Segundo a assessoria da Presidência, Dilma prefere hotéis por facilitar a rotina de trabalho.

Fachada do hotel The Westin Excelsior, em Roma, na Itália

No caso específico de Roma, outro motivo é que a representação brasileira está temporariamente sem embaixador.

Já a frota alugada inclui sete veículos sedan com motorista, um carro blindado de luxo, quatro vans executivas com capacidade para 15 pessoas cada, um micro-ônibus e um veículo destinado aos seguranças.

Apenas para o transporte de bagagens e equipamentos, Dilma contou com um caminhão-baú e dois furgões.

A presidente chegou no domingo à tarde em Roma, quando aproveitou para visitar duas igrejas históricas.

Anteontem, visitou uma exposição do pintor italiano Ticiano, se reuniu com o ex-ministro de Lula José Graziano da Silva, diretor-geral da FAO (organização da ONU para agricultura e alimentação) e com o presidente da Itália, Giorgio Napolitano, que está em fim de mandato.

Ontem, Dilma participou da missa inaugural de Francisco e se reuniu brevemente com o presidente da Eslovênia, Borut Pahor, país europeu de cerca de dois milhões de habitantes.

Também teve uma breve reunião com a presidente da Argentina, Cristina Kirchner, que não estava prevista e durou cerca de 15 minutos.

O teor da conversa não foi revelado. Fonte: Folha de São Paulo