O lobista Fernando Soares, conhecido como "Fernando Baiano", preso na Operação Lava Jato, apontado como operador do PMDB no esquema de corrupção que atuava na Petrobras, estaria prestes a fazer delação premiada, segundo afirmou o colunista Jorge Bastos Moreno, em nota publicada neste sábado, 10.
De acordo com o colunista, Baiano fraquejou e inclusive chamou até um advogado especialista em delação premiada. O movimento criou forte expectativa entre os investigadores da operação. Uma eventual delação de Baiano poderia ter resultado ainda mais explosivo do que a do ex-diretor Paulo Roberto Costa.
Em dezembro, o juiz federal Sérgio Moro, responsável pelas investigações da Lava Jato na primeira instância, aceitou a última denúncia oferecida pelo Ministério Público Federal (MPF) na sétima fase da operação. Passam a ser réus no processo: Nestor Cerveró, ex-diretor da área Internacional da Petrobras; Fernando Soares, lobista conhecido como Fernando Baiano, apontado como um dos operadores do esquema de corrupção na estatal; e Júlio Camargo, executivo da Toyo Setal. Além deles, a Justiça também aceitou a denúncia contra o doleiro Alberto Youssef, que já virou réus em outras ações. Eles são acusados de participação em crimes como corrupção contra o sistema financeiro nacional e lavagem de capital entre 2006 e 2012, conforme a denúncia.
De acordo com o MPF, Fernando Baiano e Nestor Cerveró são suspeitos de receber US$ 40 milhões de propina nos anos de 2006 e 2007 para intermediar a contratação de navios-sonda para a perfuração de águas profundas na África e no México. Fernando Baiano era representante de Nestor Cerveró no esquema, ainda segundo a denúncia.