A senadora Lídice da Mata (PSB), pré-candidata ao governo baiano mostrou que a crítica a algumas políticas de governo do PT e a referência no modelo de gestão de Pernambuco, liderada pelo presidente nacional do PSB e pré-candidato a Presidência da República, Eduardo Campos darão o tom de sua campanha.
Rodeada pela pré-candidata ao Senado em sua chapa, a ex-ministra Eliana Calmon, pelo próprio Campos e pela ex-senadora e idealizadora da Rede, Marina Silva, no Encontro Regional do Nordeste, na Arena Fonte Nova, a líder socialista apontou os desafios da região e exaltou o seu projeto para Bahia e a conquista que seria a eleição de Campos ao Planalto.
“Eduardo é um conhecedor profundo das dificuldades do desenvolvimento do Nordeste, que sabe transformar cada tostão do contribuinte em muitos serviços de qualidade em segurança, saúde e educação para o seu povo. Tem uma administração que será sem dúvida uma referência para o programa de governo do PSB na Bahia e no Brasil”, frisou.
Num suposto recado à gestão atual, a senadora afirmou que a Bahia não se furtará ao seu papel de liderança econômica da região Nordeste e que sua composição com Eliana, Eduardo e Marina representam “um novo caminho”. Campos julgou as “crises”, no governo Dilma ao centrar na Petrobras. “Vejo, nesses setores (petróleo e gás) tão estratégicos uma série de desacertos. Só em São Paulo, 40 usinas de produção de álcool fecharam as portas nesta safra, deixando milhares de pessoas desempregadas. E a Petrobras hoje vale metade do valor de mercado de três anos atrás, devendo quatro vezes mais do que devia na época. Às vezes eu fico sinceramente desconfiado se isso não faz parte de um jogo para desvalorizar a Petrobras e vendê-la.”, disparou. Marina alfinetou a política atual para se manter a “governabilidade”.
Segundo ela, “a distribuição de cargos está vencida”. “Não dá mais pra colocar o destino no povo brasileiro nas mãos de partidos que querem privatizar o Estado, utilizando de forma irresponsável nossos recursos.” A renovação na política foi citada no discurso de Eliana. Conforme a ex-ministra, a aliança com Lídice “vai tecer uma nova política para ajustar aqueles ideais que foram deixados no meio de caminho, numa política hoje frágil no combate à corrupção e que dilapida os cofres públicos”.*Tribuna da Bahia.