O gengibre tem um longo histórico como cura para enjoo estomacal.
Um de seus componentes ativos, 6-gingerol, é conhecido por ajudar a aliviar os músculos gastrointestinais, e uma pesquisa revelou que pílulas de gengibre e a raiz fresca desse vegetal podem aliviar enjoo de mar e outras formas de náusea.
No entanto, quando os pesquisadores analisaram recentemente os dados sobre o gengibre como tratamento para náusea nos primeiros meses de gravidez, os resultados não foram convincentes.
A análise foi realizada em 2010 e publicada no portal Cochrane Database of Systematic Reviews.
Nele, os pesquisadores reuniram dados de testes aleatórios do gengibre e outros remédios comuns para o enjoo matinal, concentrando-se em estudos que envolvem mulheres nas primeiras 20 semanas de gravidez, quando a ocorrência de vômito é mais comum.
Os cientistas descobriram que, embora o gengibre parecesse útil em alguns casos, a evidência geral de sua eficácia era “limitada e inconsistente”.
Algumas mulheres reportaram que sentiram azia.
Não foi encontrada explicação para o motivo de o gengibre parecer tão eficaz contra a náusea causada por outras razões, como tratamento por quimioterapia, porém menos eficiente nos primeiros meses de gravidez.
O estudo também analisou os dados sobre os suplementos de vitamina B6 e o enjoo matinal, nada convincentes, e analisou a acupuntura, que, de acordo com os pesquisadores, tampouco mostrou benefícios significantes para mulheres grávidas.
Os pesquisadores concluíram que, embora não haja uma forte evidência de eficácia em nenhum dos tratamentos estudados, as mulheres que mesmo assim quiserem experimentar algum deles podem fazê-lo consultando seus médicos.
Em resumo: o gengibre é útil como tratamento contra náusea, mas o júri ainda tem suas dúvidas sobre sua eficácia como alívio para o enjoo matinal.