A PolíciaFederal recebeu do Supremo Tribunal Federal (STF) e-mails recebidos pelo ministro Teori Zavascki, relator da Operação Lava Jato, que tinham como objetivo “constranger” o ministro. As informações foram publicadas neste domingo, 31, pela Folha de S. Paulo.
Ainda segundo a matéria, o incidente ocorreu há cerca de um mês e segundo fontes ouvidas pelo Estado, nas mensagens não constava ameaça direta à integridade física do ministro.
A chegada de e-mails fez com que o Supremo encaminhasse os documentos à Polícia Federal. Trata-se de um procedimento padrão para que a segurança seja feita de forma preventiva. No entanto, não houve reforço da segurança pessoal do ministro. Ele permanece com a mesma equipe habitual, como de um motorista para descolamentos na capital federal. Desde que autorizou a abertura de inquéritos da Lava Jato no Supremo, contudo, o ministro relator costuma andar acompanhado por um número maior de seguranças nos corredores da Corte.
Teori não é o primeiro encarregado da Lava Jato a receber ameaças. Em março, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, foi alertado pelo ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, sobre riscos à sua segurança pessoal. O encontro de Janot e Cardozo, às vésperas de abertura de inquéritos contra políticos na Lava Jato, foi alvo de críticas de parlamentares e membros da oposição. À época, o Ministério da Justiça disse que a PF, que está subordinada à pasta, detectou ameaça à segurança do procurador. Em janeiro, a casa do procurador-geral, localizada no Lago Sul em Brasília, foi arrombada, mas apenas um controle remoto do portão foi levado.