Os ônibus voltam a operar regularmente na Região Metropolitana de Salvador a partir de quinta-feira (14), após o Sindicato dos Rodoviários Metropolitanos (Sindmetro) suspender a greve iniciada na manhã de quarta-feira (13). Apesar da categoria ter se reunido com os empregadores e não ter chegado a um acordo, foi agendada uma nova reunião para o dia 26.

O presidente do Sindicato, Mário Cleber, afirmou que, caso não haja um acordo, os ônibus voltarão a parar de circular no dia 27, em nova greve. Ele explicou que após uma reunião conturbada, na qual recusaram a proposta dos empregadores de 4% de aumento salarial, ticket e cesta básica. Cleber ressaltou o desejo da categoria por uma recomposição salarial, sem, no entanto, serem intransigentes.

O rodoviário também declarou que o Ministério Público intermediará essa nova rodada de negociações. Ele afirmou: “Suspendemos a greve para dar oportunidade a outros setores de participarem de novas propostas”.

A greve

Hoje, as garagens das empresas Costa Verde (Lauro de Freitas), Avanço (Candeias), Expresso Vitória (Lauro de Freitas), Atlântico (Salvador) e Cidade Sol amanheceram fechadas. Como resultado, alguns passageiros enfrentaram dificuldades ao tentar se deslocar durante o dia.

A greve se deve a um impasse nas negociações entre os rodoviários e os empresários. As reivindicações incluem um aumento de 11% no salário, 20% no ticket alimentação e 100% na cesta básica. Por outro lado, os empresários, conforme informado pelo Sindmetro, inicialmente ofereceram um aumento de 2,75% no salário, 2,75% no ticket e 2,75% na cesta básica.

De acordo com informações do Sindicato dos Rodoviários Metropolitanos (Sindmetro Bahia), aproximadamente 1.800 funcionários aderiram a greve. As negociações visando evitar a paralisação estavam em andamento há 102 dias, porém, até o momento, nenhum acordo foi alcançado entre a categoria de trabalhadores e os empregadores.

“Haja vista que de 4.500 trabalhadores e só restam 1.800, tinhamos 500 ônibus, agora são 300 [e] a área de manutenção 50% já foi. [Diande disso], não há outra alternativa que não o movimento paredista”, relatou Catarino Fernandes, representante do movimento dos trabalhadores, em entevista à TV Bahia.

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