O Bahia venceu o Avaí, na noite deste domingo na Arena Fonte Nova, por 1 a 0, com gol de Artur. Apesar do placar magro, o Bahia foi superior em toda a partida e, principalmente na primeira etapa, desperdiçou boas chances de vencer por uma diferença maior.

A postura ofensiva do tricolor foi elogiado pelo técnico Roger Machado, em entrevista coletiva depois do apito final. O treinador chegou brincar com o resultado da partida.

“O placar foi magro, mas a atuação foi gordinha. Eu acho que a gente conseguiu controlar bem o adversário. No primeiro tempo, entrando para o campo do adversário, não permitindo que saísse jogando, controlando a bola longa com ganho de primeira e segunda bola. Importante ter compactação no sentido do ataque, para que nossos zagueiros não ficassem muito expostos nas jogadas de transição deles. O volume de jogo e a forma como a gente construiu nossas oportunidades de gols foram exatamente da forma como a gente traçou a estratégia do jogo. Nós teríamos algumas oportunidades em função de a linha do Avaí ter três zagueiros, mesmo que muitas vezes fechava com quatro e não com cinco. Oportunidade de criar pequenas profundidades como criamos algumas vezes, com construção apoiada, toques rápidos, inversão de corredor. No primeiro tempo, poderíamos ter saído com placar mais confortável no jogo, diante do sistema defensivo que, até ali tomou poucos gols. No segundo tempo, principalmente depois que perdemos o Arthur Caíke, que a gente perde uma substituição tática em função dele ter sentido algo”, afirmou.

Roger destacou a defesa feita por Vladimir, goleiro da equipe catarinense, em finalização de Gilberto.

“O que posso falar é que bom que a gente está na cara do goleiro. Em alguns momentos, o goleiro faz milagre. O que eu vou falar do chute do Gilberto aos 45, que o goleiro fez milagre e conseguiu salvar o gol? Ou o próprio chute do Gilberto que passou raspando na trave? Que bom que estamos criando. Talvez a gente estivesse conversando aqui sobre a nossa incapacidade de chegar no goleiro. São pequenos ajustes. Fiz questão de salientar o jogo do Gilberto internamente, porque centroavante é assim. Uma hora, goleiro vai defender. Outra vez a trave vai salvar. Em outra, a bola entra e todo mundo comemora”, disse.

Roger também elogiou a atuação de Ramires, que foi substituído por Shaylon durante a segunda etapa.

“Hoje ele fez uma bela partida novamente. Alternando, num primeiro tempo, muita flutuação pelo meio. Ao final, trocando de lado com Artur, foi nessa troca que a gente conseguiu o gol, quando Ramires foi pelo meio esquerdo e Artur abriu na ponta direita. Pelo centro, no segundo tempo, ele continuou nos ajudando. Em algum momento, a gente perdeu um pouco da circulação de bola, porque ficava no 4-2-4 em fase de construção, Ramires se colocava do lado do Gilberto e a gente perdia nosso terceiro homem de meio para fazer a bola circular. Vejo Ramires subindo de produção a cada jogo. Não é pelo fato de tirar o jogador que ele está mal na partida. Tem substituição tática, para restabelecer um setor e mudar a característica do setor. Vejo Ramires em ascensão, como muitos que fizeram uma grande partida, como Paulinho, que controlou muito bem o setor, deu contribuição ofensiva. Gilberto, na opção de entrar por ele na partida fez as diagonais que fez, como foi orientado, se esforçou e podia ter sido premiado com o gol. Quando o coletivo vai bem, as individualidades aparecem”, disse.

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