Homens e mulheres submetidos a cirurgia de redução de estômago apresentam resultados diferentes, principalmente quando o assunto é melhora na função urinária e na qualidade de vida.
Para elas, a perda de peso decorrente da intervenção melhorou consideravelmente os problemas urinários, enquanto para eles não houve mudança no quadro.
O estudo foi realizado pelo hospital Austin, de Melbourne, em conjunto com a Universidade de Newcastle (Austrália) com 176 voluntários, sendo 142 mulheres (com 118kg inicialmente) e 36 homens (que pesavam 146kg).
Antes da cirurgia, 65% delas e 24% deles apresentavam algum problema de incontinência urinária, enquanto 83% dos homens tinham algum grau de disfunção erétil.
A incontinência urinária é comum em pacientes obesos, em especial entre as mulheres, pois com o alto índice de massa corporal, há um aumento da pressão intra-abdominal, que comprime a bexiga.
Após a cirurgia os pacientes perderam, em média, 23 kg.
Os homens, além de não terem benefícios no trato urinário, apresentam piora na disfunção erétil.
Banda gástrica
Os pacientes analisados foram submetidos à banda gástrica, que consiste na redução do estômago colocando uma cinta na parte alta do órgão.
O estômago fica com capacidade reduzida, em torno de 30 ml, e o paciente tem dificuldade para comer e fica saciado rapidamente.
O grau de estreitamento do estômago pode ser ajustável no pós-operatório.
Assim, o estreitamento do estômago pode ser ampliado ou reduzido, de acordo com a indicação médica.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a obesidade já atinge mais de 400 milhões de pessoas em todo o mundo.
No Brasil, de acordo com dados do Ministério da Saúde, pelo menos 3,5 milhões de pessoas estão em estado de obesidade mórbida, ou seja, estão com pelo menos 40 quilos acima do peso corporal ideal.
Cirurgias de redução do estômago são recomendadas apenas quando o Índice de Massa Corporal (resultado do peso dividido pela altura ao quadrado) é maior que 40 ou quando esse número for inferior a 35, mas o paciente tiver doenças associadas, como a hipertensão ou o diabetes, mas para qualquer dúvida o paciente deve procurar um médico especializado e solicitar orientação.
*Com informações do Portal iG