Médicos e enfermeiros da Atenção Básica em Saúde de São Francisco do Conde receberam uma capacitação nesta quarta-feira, dia 22 de outubro, sobre o chikungunya – doença transmitida pelo mesmo vetor da dengue, o mosquito Aedes Aegypti e também pelo mosquito Aedes Albopictus. O mosquito da dengue vive por até 45 dias e pode transmitir o vírus também para suas ovas, criando um exército de transmissores da doença.
O curso foi ministrado pelos profissionais da Vigilância Epidemiológica do município, com a participação de representantes do Hospital Docente Assistencial Célia Almeida Lima. No total, 35 profissionais receberam orientações sobre como proceder em caso de suspeita da doença. Os principais sintomas são febre alta e poliartralgia (dores fortes nas articulações). Os sintomas duram cerca de 10 dias, sendo que as dores nas articulações podem permanecer por meses e até anos.
Os grupos de risco para o chikungunya são os mesmos da dengue: gestantes, recém-nascidos, crianças menores de 2 anos, idosos e portadores de comobidades (termo usado para descrever a ocorrência simultânea de dois ou mais problemas de saúde em um mesmo indivíduo). As principais orientações para a população são: evitar automedicação e o uso de antiinflamatórios, ácido acetilsalicílicos e esteroides. Para prevenção valem as mesmas regras aplicadas à dengue: controle dos mosquitos que transmitem o vírus, evitando água parada, que os insetos usam para se reproduzir.
No ano de 2013, foi registrado o primeiro caso no Brasil e, no ano seguinte, foram registrados 274 casos no município de Feira de Santana e sete em Riachão do Jacuípe. A infecção pelo vírus Chikungunya provoca sintomas parecidos com os da dengue, porém mais dolorosos. O risco aumenta em épocas de calor e chuva, mais propícias à reprodução dos insetos, que picam principalmente durante o dia. A febre chikungunya tem sinais que lembram a dengue. Porém, uma vez que a pessoa é infectada e se recupera, ela se torna imune à doença.