Foto: A Tarde.Sem assinaturas, CPI foi derrubada pelo presidente da Alba

O que leva parlamentares eleitos pelo povo, e para representar este mesmo povo, assinarem um requerimento para a criação de uma CPI, e menos de oito dias depois retirarem seus nomes? Foi o que aconteceu na Assembleia Legislativa da Bahia. 24 deputados assinaram o requerimento de criação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Futebol baiano, proposta pelo deputado Uziel Bueno (PTN), no entanto, sete desistiram e retiraram a assinatura após a Procuradoria Jurídica da casa considerar a Comissão inconstitucional.

Para a CPI ser instalada, era preciso, ao menos, 21 assinaturas, mas a proposta, do deputado Uziel Bueno (PTN), conseguiu reunir apenas 17. Os deputados que retiraram a assinatura foram: Adolfo Menezes (PSD), Maria Luiza (PSD), Ivana Bastos (PSD), Deraldo Damasceno (PSL), Jurandy Oliveira (PRP), Pastor Sargento Isidoro (PSB) e Sildevan Nóbrega (PRB).

O que chama à atenção, é que o parecer da Procuradoria Jurídica da casa não seguiu a indicação da OAB, que recomendou, na segunda-feira, 20, a instalação do inquérito por considerá-lo constitucional. A proposta da CPI era investigar a utilização de dinheiro público no futebol baiano.

Deputado Uziel Bueno

O portal Bahia No Ar entrou em contato com o deputado que propôs a CPI. Uziel Bueno disse estar envergonhado com a posição dos colegas da casa, que segundo ele, retiraram os nomes por exigência dos deputados governistas Zé Neto e Rosemberg. “Ficou claro através dos depoimentos de Deraldo e Isidório, que os deputados governistas, Zé Neto e Rosemberg, exigiram a retirada das assinaturas. É um desrespeito aos torcedores da Bahia que clamavam por transparência no futebol do nosso estado. Não sei como eles chegaram em suas casas e olharam para a família, eu tenho vergonha por eles!”, declarou o parlamentar.

Na oportunidade, Uziel enfatizou que continuará na luta por mais transparência no futebol baiano. “Minha parte eu fiz, a OAB e o Supremo Tribunal de Justiça desportiva deram o parecer favorável. Eu continuarei lutando por moralidade e transparência no futebol”, finalizou.

A nossa redação entrou em contato com o gabinete do deputado Deraldo Damasceno, mas no momento o parlamentar participava de uma sessão na ALBA. Já o Pastor Sargento Isidoro, segundo informou o gabinete, não estava na ALBA.