No que depender do presidente nacional do PPS, deputado federal Roberto Freire, a recém-formada aliança entre a sigla e o PMDB na Bahia está com os dias contados e, consequetemente, resultará numa intervenção no estado.
Uma reunião com o diretório nacional está agendada para o próximo dia 21.
Mas, de antemão, Freire afirma que seu voto é totalmente contrário a um consenso no caso baiano.
“Antes encaminharemos um membro da executiva – o presidente do partido em Minas Gerais, Paulo Elisiário – para um diálogo com os nossos companheiros; tomar pé de como estão as coisas; mas acima de tudo deixar claro que a parceria com o PMDB prejudicará o projeto abraçado pela legenda, que é apoiar a José Serra (PSDB), rumo ao Palácio do Planalto.
Somente no dia 21, é que, de fato, o martelo será batido.
Trata-se de uma nova realidade que nós temos que discutir.
Contudo, posso assegurar que o meu voto será não”, disparou.
A justificativa de Freire é que se a executiva permitir que seja feita aliança com quem apoia a pré-candidata petista à Presidência, Dilma Rousseff, inevitavelmente, beneficiará o PT no tempo de campanha nas TVs e rádios.
“E diante disso não tenho dúvida de que a Executiva Nacional vai vetar”, reiterou, complementando que “se não houvesse implicação nacional poderíamos até admitir, mas essa união nos deixa em maus lençóis”.
PRESSÃO – Reforçando a pressão, a executiva municipal também segue com o mesmo raciocínio.
De acordo com o presidente do diretório municipal do PPS, Virgílio Pacheco, a resolução não pode se manter porque fere de forma clara a decisão tomada em congresso, que decidiu pela aliança com o tucano José Serra.
“Quando tomaram essa decisão, estavam conscientes que iam de encontro à executiva nacional.
Portanto, vamos trabalhar para que a aliança não prospere”, enfatizou.
Colocando ainda mais lenha na fogueira, Virgílio ressalta ainda que o partido está fechado nacionalmente desde o ano passado com o PSDB.
Em nota assinada pelo presidente estadual do PPS, George Gurgel, pelo secretário geral, Antônio Almeida, e pelo coordenador político eleitoral, Ederval Araújo Xavier, o diretório estadual argumenta que a aliança com o PMDB foi aprovada pela totalidade dos integrantes do diretório e de pré-candidatos.
Segundo o documento, todos os votantes avalizaram a aliança com Geddel e houve apenas duas abstenções.
O grupo também apresenta disposição de levar essa decisão até as convenções que acontecem a partir do dia 5 de junho.