O assessor da Presidência para Assuntos Internacionais, Marco Aurélio Garcia, disse nesta quinta-feira (5), no Itamaraty, que a morte do líder da Al-Qaeda, Osama bin Laden, não significa o fim do terrorismo.
Segundo ele, o uso da força não é suficiente para acabar com organizações terroristas, como a Al-Qeda.
“[Represálias] isso é o que mais ou menos o que todo mundo acredita que vai haver.
Se acham que o problema do terrorismo está resolvido com a morte do Bin Laden, estão muito enganados.
O problema do terrorismo evidentemente se resolve com repressão, mas, sobretudo, atacando as causas fundamentais do terrorismo”, disse.
Segundo Garcia, os protestos por democracia em países islâmicos da África do Norte, como a Síria e a Líbia, poderão superar movimentos fundamentalistas.
“Nós temos uma efervescência democrática na região muito grande, que coloca uma via distinta daquela que habitualmente nós tínhamos: de um lado a submissão às grandes potências do Ocidente e, do outro lado, temos esta rejeição fundamentalista que se expressava, entre outras coisas, na iniciativa terrorista”, disse.
O assessor da Presidência também afirmou que a criação de um Estado Palestino é fundamental para o fim do terrorismo.
“Acho que nós teremos um caminho democrático, se nós resolvermos uma série de problemas da região, como a questão palestina”, afirmou.
*Fonte: Correio