Ao ratificar o empate de Dilma Rousseff (PT) com José Serra (PSDB), a pesquisa Datafolha confirma que a propaganda petista no rádio e na TV foi eficiente para associar sua pré-candidata a Lula.

Mas as repercussões vão além disso.

As inserções de 30 segundos e o programa de 10 minutos do PT conseguiram projetar uma imagem aceitável de Dilma para mais eleitores, ampliando seu eleitorado potencial.

Fizeram sua taxa de rejeição cair de 24% para 20%.

E elevaram seu percentual na simulação de 2º turno para 46%, empatando tecnicamente com Serra.

A consolidação do eleitorado de Dilma está ocorrendo mais rapidamente do que a do seu principal rival.

Ela subiu de 13% para 19% entre abril e maio, chegando à liderança isolada no voto espontâneo.

Hoje, metade da intenção de voto total na petista está na ponta da língua do eleitor, não é apenas “efeito memória”.

Ao confirmar que Serra perdeu eleitores para Dilma, o Datafolha faz acender uma luz amarela na campanha tucana.

A estratégia de assoprar por cima e morder por baixo parece ter efeito limitado.

Elogiar Lula e criticar pontos específicos do governo pode não ser suficiente para sustentar a candidatura de Serra.

Após a propaganda da adversária, ele viu sua rejeição aumentar e, pela primeira vez, ficou numericamente atrás de Dilma na simulação de 2º turno (46% a 45%, segundo o Datafolha).

A soma desses resultados pode fazer parecer que Serra não tem chances na corrida eleitoral.

É um erro.

Vistos em perspectiva, os números não surpreendem.

Em todas as eleições presidenciais desde 1989 o candidato do PT cresceu entre março e maio.

E, com exceção de FHC em 1994, nas outras três o candidato tucano caiu nesse período, como Serra agora.

Isso não significou muito naqueles pleitos, já que o PSDB venceu duas das quatro eleições, e pode não significar muito agora.

 

Após a propaganda da adversária, ele viu sua rejeição aumentar e, pela primeira vez, ficou numericamente atrás de Dilma na simulação de 2º turno (46% a 45%, segundo o Datafolha).

A soma desses resultados pode fazer parecer que Serra não tem chances na corrida eleitoral.

É um erro.

Vistos em perspectiva, os números não surpreendem.

Em todas as eleições presidenciais desde 1989 o candidato do PT cresceu entre março e maio.

E, com exceção de FHC em 1994, nas outras três o candidato tucano caiu nesse período, como Serra agora.

Isso não significou muito naqueles pleitos, já que o PSDB venceu duas das quatro eleições, e pode não significar muito agora.

Mas as pesquisas criam fatos políticos e influenciam as campanhas: aumentam ou diminuem a moral dos militantes, o volume de contribuições financeiras, e a pressão dos aliados.

Não basta aos candidatos e assessores acreditar que se têm chances, é preciso manter a aparência de favorito ou pelo menos de viável.

A persistir a curva espelhada da intenção de voto, o que um ganhar será às custas do que o outro perder.

Em uma situação assim, a campanha de Serra ficará tentada a investir na desconstrução da imagem de Dilma para impedir que ela abra vantagem.

Ainda não deve ser esse o enfoque das propagadas pró-Serra a serem veiculadas nas próximas semanas, dentro dos horários do DEM e PSDB no rádio e na TV.

A campanha ainda não começou oficialmente, o que limita as possibilidades de ataque.

As sondagens de intenção de voto imediatamente posteriores às inserções com propaganda de Serra serão o melhor indicador dos limites e potenciais da atual estratégia do tucano.

Se ele não reverter a queda nas pesquisas, aumentará a pressão por um “plano B”.

A pesquisa do Instituto Datafolha para a corrida presidencial, publicada neste sábado (22), confirma a tendência já apontada pelas pesquisas Sensus e Vox Populi.

A pré-candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, atingiu sua melhor marca até então  numa pesquisa Datafolha e está empatada com José Serra (PSDB).

Ambos estão com 37%.

O levantamento foi realizado na quinta e sexta-feira (20 e 21), com 2.

660 entrevistas.

  A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.

Marina Silva (PV) aparece com 12%.

Os que votam em branco, nulo ou em nenhum somam 5%.

Indecisos são 9%.

Na comparação com a última pesquisa Datafolha, realizada em 15 e 16 de abril, Dilma teve uma alta de sete pontos percentuais – de 30% para 37%.

Já Serra caiu cinco pontos, saindo de 42% para os mesmos 37%.