Sob intensa pressão do presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), e do PT paulista, logo após demissão de Antonio Palocci da Casa Civil, a ponto de temer pela governabilidade, a presidente Dilma Rousseff surpreendeu e passou a trabalhar intensamente nos bastidores da política para debelar crises.
Dilma fez mais política nos últimos dez dias do que nos cinco primeiros meses de governo, conta um auxiliar.
Primeiro, escolheu a senadora Gleisi Hoffmann para substituir Palocci de forma solitária, sem nem consultar seu padrinho Luiz Inácio Lula da Silva.
Depois, ignorou articulação feita pelo presidente da Câmara com petistas de São Paulo para levar o líder do governo, Cândido Vaccarezza (PT-SP), para a coordenação política.
Optou pela ex-senadora Ideli Salvatti.
Depois, exigiu de Vaccarezza, do líder do PT, Paulo Teixeira (SP), do ex-presidente da Câmara Arlindo Chinaglia (PT-SP), e do ex-presidente nacional do partido Ricardo Berzoini (SP) que assinassem uma trégua.
Afirmou que a crise alimentada pela briga deles desde a eleição de Marco Maia, em fevereiro, ameaçava contaminar o governo, a base aliada e o próprio partido.
* Com informações: Estadão