Segundo informações prestadas à Justiça eleitoral, o deputado João Lyra (PTB-AL) é o mais rico entre todos os 594 parlamentares: sua fortuna é declarada em R$ 240,39 milhões.
Lyra responde a uma acusação no Supremo Tribunal Federal (STF) – ele é réu num processo por trabalho escravo, acusado de ter submetido 53 trabalhadores a condições degradantes e jornada exaustiva em uma de suas usinas de cana-de-açúcar em Alagoas.
A investigação chegou ao Suprem pouco depois da posse do empresário como deputado, em março.
Um parecer enviado à corte no último dia 15 pelo procurador-geral da República, Roberto Gurgel, ratifica a denúncia aceita anteriormente pela Justiça Federal de Alagoas e abre prazo para que o deputado apresente sua defesa.
O caso está nas mãos agora do ministro Marco Aurélio Mello, relator da Ação Penal 589.
Esse tipo de crime é passível de dois a oito anos de prisão.
O cenário encontrado na propriedade era de “violência contra a dignidade da pessoa humana”, segundo os relatos feitos pelos auditores do trabalho.
Um contraste com a imagem de empresa compromissada com a responsabilidade social, difundida pelo grupo em sua página na internet.
Na apresentação de seus negócios, o Grupo João Lyra diz que reserva R$ 17,6 milhões todos os anos para investimentos com o seu “compromisso social”.
O grupo gera 17 mil empregos diretos no Brasil, 12 mil deles diretos apenas em Alagoas.
Em sua página na internet, o grupo se apresenta como um dos maiores empregadores do estado.
O deputado João Lyra (PTB-AL) contesta a acusação de que praticou trabalho escravo, em nota por meio de sua assessoria.
Ele rebate as duas denúncias, a de Alagoas, que lhe rendeu o processo no Supremo Tribunal Federal (STF), e a de Minas Gerais, objeto de um termo de ajustamento de conduta.
*Com informações: Congresso em Foco